Foi assinada na tarde desta terça-feira (5) pelo
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a portaria que destina recursos
para os hospitais do Bloco da Atenção de Média e Alta Complexidade
Ambulatorial e Hospitalar(Sismac), do Norte do Paraná. O dinheiro é basicamente
dividido em duas etapas. Uma para custeio mensal, e outra um aporte
único para investimentos.
São investimentos de
R$ 21 milhões na adequação dos Prontos Socorros de sete hospitais do Norte do Paraná, para toda a regional de saúde que vai de Ivaiporã até Jacarezinho, passando por Apucarana, Cornélio e também Londrina.
Os hospitais atendidos foram sugeridos pela
Comissão Intergestores Bipartite, que aprovou o Plano de Ação da Rede de
Atenção às Urgências e Emergências da Macrorregião Norte. Esta é a
segunda etapa do Plano de Ações, cujos detalhes serão publicados no
portal do Ministério na internet www.saude.gov.br.
RECURSOS DO PLANO APROVADO DO ESTADO DO PARANÁ E MUNICÍPIOS PARA REPASSE IMEDIATO (ETAPA II)
De acordo com o governo, cada hospital receberá em média por mês R$ 300 mil a mais a
título de incentivo para participar dessa rede de urgência e emergência.
Também as diárias da UTI passam de cerca de R$ 500,00 para R$ 800,00. São hospitais regionais que vão dar estrutura de
atendimentos de urgência e emergência ao lado do Samu, das Unidades de
Pronto Atendimento. Inicialmente são R$ 36 milhões em investimentos mas que podem chegar a
mais de R$ 100 milhões, na medida em que os hospitais forem qualificando
as suas UTIs, os seus leitos.
O total de R$ 36.547.693,44 serão disponibilizados
ao Estado e Municípios, e serão incorporados aos hospitais de acordo
com o tipo de gestão. Nos casos em que os hospitais tenham dupla gestão,
serão avaliados os limites de acordo com o Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH-SUS). Um dos critérios é o número de
atendimentos e condições físicas. Os recursos são 100% do orçamento do
Ministério da Saúde.
Isso vale para todos os hospitais filantrópicos e
que estejam integrados no SUS. A portaria define o custeio e readequações de UTIs e leitos clínicos
para nove entidades do Norte do Paraná, para toda a regional de saúde
que vai de Ivaiporã a Jacarezinho, passando por Apucarana, Arapongas,
Rolândia, Cambé, Londrina e Cornélio, afirma o governo federal.
(De Brasília, Ricardo Weg)
Foto Gustavo Toncovitch
Rede de Média Complexidade
O QUE É ATENÇÃO DE MÉDIA COMPLEXIDADE?
O Ministério da Saúde informa: são ações e serviços de saúde que visam atender aos principais problemas e agravos de saúde da população, realizados em ambiente ambulatorial ou hospitalar, que exigem a utilização de equipamentos e profissionais especializados e a utilização de recursos tecnológicos para o apoio diagnóstico e tratamento. Está integrada à Atenção Básica através de um sistema de regulação.
Na MC também são desenvolvidas ações de promoção, proteção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. As unidades da MC e suas equipes desenvolvem ações distintas, em função do foco das situações de saúde/doença e dos grupos populacionais a que se destina o cuidado.
COMO FUNCIONAM AS UNIDADES DA MC?
Cada uma das unidades da MC tem uma missão específica e deve garantir o retorno do usuário à unidade da Atenção Básica (AB), a fim de possibilitar a continuidade do cuidado. Essas unidades são as Policlínicas, os Centros de Atenção Psicossocial, os Centros de Reabilitação, os Centros Especializados de Odontologia, o Centro de Doenças Infecciosas, enfim, as unidades nas quais são desenvolvidos cuidados especializados em saúde.
Os atendimentos neste nível de atenção são programados e encaminhados das unidades da Atenção Básica e da própria Rede Especializada, através do agendamento via internet, no Sistema de Regulação, com apresentação do Cartão SUS. Esse ir e vir do usuário na rede de saúde exige que o primeiro encaminhamento seja feito na unidade da Atenção Básica (AB), após avaliação do profissional de saúde habilitado para este procedimento de saúde.
As equipes das Unidades de Média Complexidade são compostas por diferentes profissionais:
assistentes sociais, arte terapeutas, cuidadores, dentistas especialistas (buco maxilo, endodontistas, periodondistas), enfermeiros especialistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, médicos especialistas (angiologistas, cardiologistas, cirurgiões, dermatologistas, endocrinologistas, gastroenterologistas, geriatras, ginecologistas, hematologistas, mastologistas, nefrologistas, neurologistas, otorrinolaringologistas, oftalmologistas pediatras, pneumologistas, psiquiatras, reumatologistas, urologistas), musico terapeutas, nutricionistas, psicólogos, recreadores, técnicos de enfermagem, além dos recepcionistas, assistentes administrativos e auxiliares de serviços gerais.
O trabalho dessas equipes também deve priorizar a atenção aos grupos de risco (crianças, gestantes, idosos, hipertensos, diabéticos) além daqueles usuários cujo processo de adoecimento exige cuidados diferenciados daqueles dispensados na AB.
Na prática isto significa acesso a:
- procedimentos especializados, realizados por profissionais médicos, dentistas, enfermeiros e outros profissionais de nível superior e nível médio, tais como:
- grupos de Educação em Saúde (Planejamento Familiar, Prevenção do Tabagismo, Cuidados na Hipertensão e Diabetes, Atividade Física, Prevenção da Obesidade, Cuidados no Pré-natal, Prevenção do Câncer, etc.);
- rodas de Terapia Comunitária;
- vigilância nutricional;
- cuidados de enfermagem (aferição da pressão arterial, curativos, administração de medicamentos com prescrição, nebulização);
- dispensação dos medicamentos especializados;
- integração ensino serviço (participação de acadêmicos da área de saúde nas atividades do cotidiano da equipe);
- integração com a rede escolar através do Programa Saúde na Escola, Olhar Brasil;
- integração com diferentes níveis e serviços que constituem a rede de atenção à saúde;
- integração com diferentes setores da sociedade, visando a integralidade do cuidado em saúde. (Ação Comunitária, Conselhos de Direito, Judiciário, Ministério Público, etc.);
- cirurgias ambulatoriais especializadas;
- anestesia;
- ações especializadas em odontologia;
- procedimentos tráumato-ortopédico;
- procedimentos de fisioterapia;
- terapias especializadas;
- diagnose através de exames laboratoriais, de imagem (raios X, ultrassonografia, tomografia) e de patologia.
O trabalho dessas equipes também deve priorizar a atenção aos grupos de risco (crianças, gestantes, idosos, hipertensos, diabéticos) além daqueles usuários cujo processo de adoecimento exige cuidados diferenciados daqueles dispensados na AB.