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» » » » » » » REGIÃO | ALTA NOS COMBUSTÍVEIS | Preço do etanol sobe até 9% na região

Álcool segue altas da gasolina em Ivaiporã, Apucarana e Arapongas.

 - De Jornal Tribuna do Norte - Ed. 7.401 publicado 07/10/2015
Apesar do Governo Federal ter aumentado os impostos apenas da gasolina e do óleo diesel, o etanol também sofreu reajuste nas bombas dos postos de combustíveis. Em Apucarana e Arapongas, essa variação chegou até R$ 0,20 por litro. Já em Ivaiporã, o reajuste foi de R$ 0,16.  Os postos justificam o aumento dizendo que as distribuidoras aproveitaram o reajuste nos outros combustíveis para vender o etanol mais caro. Além disso, o período da safra de cana-de-açúcar também é utilizado para justificar o novo reajuste.
Foto: Zanone Fraissat
Tanto em Apucarana quanto em Arapongas, o preço médio etanol gira em torno de R$ 2,45. Há cerca de um semana, o combustível era vendido em média a R$ 2,25, o que indica uma alta de quase 9%. Em Ivaporã, o etanol era vendido, em média, por RS 2,31, contra R$ 2,47 de ontem(06), um reajuste de 7%, 
Há uma semana, a Petrobras anunciou reajustes nos preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias. O aumento anunciado para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%. A gasolina mais cara dá margem para os fabricantes de etanol também aumentarem o preço. Como o etanol é vantajoso custando até 70% do valor cobrado pela gasolina nas bombas, a alta no combustível de petróleo puxou o aumento no preço do álcool. Gerente de um posto em Apucarana, Fábio Oliveira explica que o aumento se deve ao valor cobrado nas distribuidoras. "Os postos apenas passam aos consumidores aquilo que as distribuidoras aumentam, infelizmente, eles subiram o preço e nós tivemos que nos adaptar", afirma. 
O gerente comercial de um posto em Arapongas, Maurício Araújo, conta que houve um aumento na procura por etanol após a alta da gasolina. "Houve essa migração. Não foi muito acentuada, mas quem tem carro flex está optando mais pelo etanol do que pela gasolina", afirma.
SURPRESA - O aumento pegou muitos motoristas de surpresa. É o caso do representante comercial de Ivaiporã Raimundo Moreira da Silva, que depende do carro para trabalhar e diz que terá que cortar alguns gastos para poder economizar. "Tem que pegar um hotel ou fazer uma alimentação mais barata para poder andar mais", comem Silva.
O aposentado José Roberto de Oliveira também reclama do reajuste. "Toda a semana tem aumentos e o salário só e reajustado uma vez por ano. Desse jeito fica difícil", avalia.
O motivo da alteração, segundo Noel do Carmo, dono de um posto de combustível em Ivaiporã,  é o fim da colheita da cana-de-açúcar. Segundo ele, os postos só repassam o que recebem de aumento das distribuidoras.

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