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» » Cientistas conseguem reverter Alzheimer pela primeira vez


A Fundação Michael J. Fox, já investiu mais de 250 milhões
 na  investigação de cura para a doença
 J.D. Pooley/Getty Images/AFP  

Fonte: 
advivo lnassif
Ministério da Saúde
Associação do Alzheimer
Postagem: Assessoria Comunicção


Graças a esta técnica inovadora, Andrés Lozano foi convidado a participar, na semana passada, na entrega dos IX Premios de la Fundacion Hospital de Madrid, onde fez uma atualização do estudo.
Um grupo de investigadores conseguiu reverter pela primeira vez a doença de Alzheimer. A equipa de cientistas canadianos usou uma técnica de estimulação cerebral profunda que pôs um travão à doença.
Doze meses depois não houve quaisquer sinais de permanência ou até mesmo regresso da doença de Alzheimer nos seis pacientes que constituíram a amostra do estudo, inicialmente apresentado em Novembro de 2011 numa conferência da Society for Neuroscience.
Em dois destes pacientes, a deterioração da área do cérebro associada à memória não só deixou de encolher, voltando ainda a crescer e a aumentar de tamanho. Nos restantes quatro pacientes, o processo de deterioração desta região do cérebro parou por completo.
Foto internet
Segundo a equipa de investigadores da Universidade de Toronto, liderada por Andres Lozano, nas pessoas portadoras de Alzheimer, a região do hipocampo é uma das primeiras a ser afetada e a reduzir o seu tamanho.
Uma vez que o centro de memória funciona nessa área do cérebro, há uma grande alteração a esse nível: as memórias de curto prazo são convertidas em memórias de longo prazo. Por isso mesmo, a degradação do hipocampo é que revela os primeiros sintomas da doença, nomeadamente a perda de memória e a desorientação.
Vários exames cerebrais feitos a pacientes com Alzheimer dão a conhecer que o lobo temporal (região do cérebro onde se encontra o hipocampo e o córtex cingulado posterior) absorve muito menos glicose do que o normal, daí o seu mau funcionamento e consequente degradação.
Foto: Razoes para Acreditar
Por forma a reverter este quadro degenerativo, Lozano e a equipa recorreram a uma técnica de estimulação cerebral, que envia pequenos impulsos elétricos (130 vezes por segundo) para o cérebro através da implantação de elétrodos.
Os dispositivos foram implantados junto do fórnix - aglomerado de neurónios que envia sinais para o hipocampo - dos pacientes em estudo, diagnosticados com Alzheimer há pelo menos um ano.
Passado mais de um ano desde o início da investigação, os testes mostraram que a redução de glicose foi revertida e que o lobo temporal voltou a funcionar corretamente.
As conclusões do estudo, publicadas em 2012 no jornal científico "JAMA Neurology", podem conduzir a novos caminhos para tratamentos da doença de Alzheimer, uma vez que a doença foi, pela primeira vez, revertida.
Ainda assim, os cientistas admitem que a técnica ainda não é definitiva e que é preciso fazer uma maior pesquisa, pelo que estão agora a realizar uma segunda fase de testes, desta vez com 20 pessoas portadoras de Alzheimer.

Mal de Alzheimer
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Existem vários tipos de demência, em que há decréscimo das capacidades de funcionalidade, comprometimento das funções cognitivas – atenção, percepção, memória, raciocínio, pensamento, linguagem etc. – e da capacidade físico-espacial. 

O Mal ou Doença de Alzheimer é a principal causa de demência que causa problemas de memória, pensamento e comportamento. A doença é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo.

O Alzheimer é degenerativo, mais comum após os 65 anos de idade e caracteriza-se pela perda progressiva de células neurais. A médica Sonia Brucki, do Departamento Científico de Neurologia Cognitiva e do Envelhecimento da Academia Brasileira de Neurologia, explica que há um acúmulo anômalo de algumas proteínas no tecido cerebral que provoca a morte dos neurônios. 


Maguila foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2010./Foto:bemparaná

“Até agora se acredita que isso seja multifatorial, causado por componente genético, fatores externos (baixa escolaridade, por exemplo), alterações vasculares (hipertensão, diabetes etc.), traumatismos cranianos com perda de consciência, alterações nutricionais e depressão”, enumera. Outros problemas podem causar demências, por exemplo, deficit de vitaminas, doenças da tireoide, alterações renais, portanto doenças que podem ser evitadas.

Atualmente, não existe medicação disponível para evitar esse acúmulo de proteínas, mas há medicamentos que retardam a progressão do Alzheimer. Algumas medicações, fornecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), aumentam uma substância no cérebro que, em menor quantidade, traz alterações na memória. 

Os sintomas geralmente são desenvolvidos lentamente e pioram com o tempo. Alguns pacientes conseguem ter uma redução progressiva da doença, mas outros não conseguem voltar à normalidade. Em casos mais graves, o paciente pode ter apatia, depressão, alucinação e pensamentos delirantes. 
O médico neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto diz que o principal sintoma é a dificuldade de aprender coisas novas. O idoso não consegue se lembrar de fatos recentes como, por exemplo, o dia da semana. Tem também dificuldade para fazer contas. 

Segundo ele, na fase inicial, o paciente pode ser lembrado de informações importantes e ter o suporte da família. Na fase moderada, tem uma dependência maior da família e, às vezes, existe mudança do comportamento. Na fase mais grave, tem dificuldade para realizar funções básicas, como urinar, dificuldade para engolir e até agressividade. A fase mais grave dura, em média, oito anos.
Mal de Alzheimer

A família precisa ficar atenta a qualquer decréscimo de qualquer capacidade da pessoa, seja memória, dificuldade de realizar tarefas complexas, nomear coisas, problemas de linguagem. “Nem sempre começa com problemas de memória”, alerta Brucki.

Ainda não existe cura para o Mal de Alzheimer, mas alguns estudos testam medicações que poderiam estacionar a doença. De acordo com o neurologista Fábio Henrique de Gobbi Porto, já foi provado cientificamente que a escolaridade, principalmente na fase mais básica, é um fator protetor contra o Alzheimer. 

Além disso, a prática de exercícios físicos e uma dieta saudável previnem a doença. “Algumas teorias dizem que a atividade física aumenta o fluxo sanguíneo no cérebro, aumenta a lavagem (retirada) da proteína do Alzheimer que se acumula no cérebro, além de melhorar o humor e a saúde em geral”, explica.


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