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» » 08/10 - Dia do nascituro

A CNBB instituiu na 43ª Assembléia Geral dos Bispos do Brasil, em 2005, a Semana Nacional da Vida, de 1 a 8 de outubro, e dia 8 o Dia do Nascituro.
Quando os Apóstolos ligam alguma coisa na terra, Jesus liga no céu (cf. Mt 16,16 e 18,18). Então, hoje, também no Céu, é do Dia do ser humano em gestação no lugar sagrado que é o ventre materno. Antes, este era o lugar mais sagrado do mundo; mas hoje se tornou zona de fogo livre.

O que o aborto mata é um ser humano único, irrepetível, belo, imagem de Deus, a “glória de Deus” como dizia S. Irineu (†202); não existe “pré-embrião”. Quando se mata friamente uma criança no ventre materno, a mulher se rebaixa, a humanidade fica mais pobre, mais decadente e mais destruída em sua dignidade; e cada um de nós fica um pouco mais pobre.
Não podemos cair no gravíssimo pecado de omissão, como dizia Luther King: “tenho medo do silêncio dos bons”; ou como dizia Leão XIII: “A audácia dos maus se alimenta da covardia dos bons”.

Se a desgraça do aborto for um dia legalizado no Brasil, todos nós católicos seremos um pouco culpados diante do Senhor da Vida. Ele irá nos perguntar: o que você fez para me defender? “O que fizerdes ao menor desses pequeninos, foi a Mim que o fizeste?”(Mt 18,5; Mc 10,13). Quando se aborta uma criança, de certa forma se “aborta” o próprio Cristo; é por isso que o Código de Direito Canônico da Igreja considera excomungado da Igreja (“látea sententiae”) os pais que abortam uma criança e todos os que cooperam com o crime: médicos, enfermeiros, juizes,… (cf. Cânon 1398)

Há uma luta constante no mundo e também no Congresso do Brasil para aprovar a prática criminosa do aborto. A própria ONU – Organização das Nações Unidas quer globalizar a prática do aborto. A Anistia Internacional acaba de reconhecer o aborto como “um direito humano da mulher”; pasmem! Como disse João Paulo II na encíclica Veritatis Splendor, a vida está jurada de morte; há uma conspiração contra a vida. E a Igreja católica está quase sozinha nesta luta. Por isso, agora é a hora de cada católico sair do seu silêncio, mostrar o rosto e defender a Vida e seu Autor. É uma covardia matar uma criança inocente no ventre da mãe; é um atentado à vida; uma grave ofensa à dignidade humana e uma afronta ao Criador. Ninguém pode se omitir diante desta barbaridade! Nem a cobra mais venenosa mata o seu filhote no ninho… Não é possível, a quem ainda não perdeu totalmente a luz moral, deixar de ver que o aborto é um dos mais nefandos crimes que possa cometer um ser humano. Se a vida não é defendida desde o ventre materno, a verdadeira civilização perece, dando lugar à barbárie, ainda que travestida de civilidade. Como poderemos ser um país abençoado por Deus, se vamos aprovar que legalmente seja derramado o sangue dos seus filhos mais fracos, indefesos e inocentes?

A Igreja Católica, fiel à lei de Deus, sempre ao lado da vida, é intransigente com relação ao aborto. A criatura que arroga para si o direito de matar, está usurpando o lugar de Deus e, como tal, ofende gravemente ao Criador.
Desde os seus primórdios a Igreja ensina que no ato da concepção passa a existir uma nova vida humana, única, irrepetível, criada à semelhança de Deus, dotada de uma alma imortal, com o direito de viver.

Fala-se tanto nos direitos humanos e, no entanto, o primeiro e mais fundamental de todos – que é o direito à vida, especialmente quando esta se encontra indefesa no ventre materno – é tão desrespeitado em toda a face da terra. De que adianta defender os demais direitos se o Primeiro – o direito de viver – é tão violado?

Criminosamente o mundo mata, no ventre das mães, milhões de criancinhas indefesas, covardemente assassinadas, muitas vezes de maneira horrivelmente dolorosa. Nos abortos praticados por sucção, o corpo do bebê com dois meses é dilacerado por uma lâmina e aspirado… Outras vezes o bebê é envenenado com quatro, cinco meses de idade, sendo o seu corpinho queimado vivo. As mães que praticam abortos nunca vêem suas vítimas, mas elas morrem de maneira horrivelmente dolorosa.


No encontro do óvulo com o espermatozóide, gera-se uma vida humana. Todo o código genético do novo ser já está definido, resta apenas se desenvolver. Todo atentado à sua vida é grave injúria contra Deus e contra o ser humano
em formação. O feto é uma vida humana, e o que o aborto mata é uma criança. Desde os primeiros meses de gestação, ela tem os mesmos direitos à vida que um bebê de um ano de idade. Nada, nada mesmo, pode justificar um aborto, nem mesmo a gestação de alto risco, as enfermidades genitais, os casos de gravidez não desejada; e nem mesmo um estupro ou anencefalia.

Um erro não justifica outro maior ainda. Nada justifica um aborto! Se no caso de estupro alguém precisa ser punido, é o estuprador, e não a criança. Não tem cabimento matar o feto para se vingar do estuprador.

A lei defende a vida da criança após o nascimento; mas, na maioria dos países, não o protege no útero materno, o qual se tornou uma verdadeira região de “fogo livre”. Enquanto, por um lado, a viabilidade de sobrevivência de um bebê prematuro, fora do útero da mãe, é da ordem de vinte semanas (quatro meses e meio – tempo que poderá baixar ainda mais), por outro lado, em muitos países a criança pode ser legalmente assassinada até os seis meses, já completa e pronta para viver.

Com apenas onze semanas de gestação (aproximadamente três meses), um bebê no útero já é bem desenvolvido; as únicas mudanças daí para a frente serão apenas o desenvolvimento do que já está formado no seu ser. Todos os seus sistemas orgânicos já funcionam; ele respira e urina também; o corpo já esta formado e as mãozinhas já possuem até impressões digitais… Nesse estágio, o bebê já sente dor e é muito sensível à luz, ao calor e ao barulho. Sua personalidade já está em formação. Com oito semanas de gestação, um bebê segura qualquer objeto que for posto em sua mão, e até os batimentos do seu coração já podem ser registrados em um eletrocardiograma. Com seis semanas, começa o feto a se movimentar. Com menos de quatro semanas, podemos comprovar que qualquer de suas células possui 46 cromossomos, ou seja, é um ser humano.

Cada um de nós foi uma simples célula, um óvulo fertilizado, que já continha tudo o que seríamos. Um pingo d’água é água!É por desrespeitar a vida intra-uterina que o homem chegou aos grandes desrespeitos à vida humana, como, por exemplo, holocaustos nazista e comunista. Quando a vida, em toda a sua extensão, não é respeitada, o homem corre sério risco. Querer que a lei não proteja a vida no útero materno, antes dos seis meses ou menos é o mesmo que querer que a lei não proteja a mesma vida, por exemplo, depois dos oitenta anos.

Se hoje é dado à mãe o direito legal de matar o seu filho, ainda não nascido, por ser um incômodo para ela, amanhã logicamente, deveríamos dar ao filho o direito também legal de matar a sua mãe, velha e doente, que se tornou um peso para ele. Ambas as práticas são criminosas e absurdas.

Devemos igualmente proteger todas as vidas humanas; e os legisladores não podem definir os limites da vida. Não podemos permitir que os grandes matem os pequenos e os conscientes eliminem os inconscientes.
Com seis meses de gestação, em plena vida, bebês são arrancados de dentro da mãe, em muitos hospitais americanos, através de uma cesariana, e são abandonados à morte em uma lata de lixo… Esse é o grande holocausto moderno que brada aos céus!

Por isso hoje, Dia do Nascituro, juntemos as nossas mãos e as nossas vozes, em união com os Anjos e os Santos, para junto com a Igreja, implorar ao Senhor da Vida, que jamais este crime hediondo seja legalizado em nosso país, para que o seu solo não seja manchado de tanto sangue inocente.
Que Nossa Senhora Aparecida nos defenda!

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

Fonte: Blog Canção Nova

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