Carro é retirado do concreto em calçada após briga em BH

Um revendedor de carros se negou a tirar o veículo para a calçada ser cimentada; operário realizou trabalho mesmo assim

Calçada foi cimentada com o carro depois que dono não quis tirar o veículo.

Pedreiros retiram cimento em torno de carro, em Belo Horizonte; eles cimentaram os pneus quando o dono se recusou a retirá-lo

 Mais um capítulo da história envolvendo a Saveiro branca "concretada no chão" foi escrito na manhã desta sexta-feira (13).  Sob olhares de curiosos, a Polícia Militar acompanhou o trabalho de funcionários de uma obra, na retirada do concreto fixado nas rodas do veículo, estacionado em um passeio na avenida Barão Homem de Melo, no bairro Nova Granada, região Oeste de Belo Horizonte.
De acordo com o sargento Adão, da 125ª Companhia do 22º Batalhão de Polícia Militar, a presença dos militares era apenas para evitar que os funcionários da obra retirassem o carro do local. "O caso já está na Justiça. Estamos apenas garantindo a segurança no local e o estrito cumprimento de uma ordem judicial, que diz que o veículo não pode ser retirado do local onde está, que não pela autoridade competente", contou à reportagem.
Responsável por cumprir a ordem da construtora em tirar o concreto das rodas da Saveiro, o mestre de obras Mateus Adilson de Souza comentou a situação. " A ordem é quebrar o concreto. O caso é de Justiça e não podemos tocar no carro. O veículo está no passeio, espaço da obra. Não tem nada de incorreto com a obra", afirmou.
No local da confusão, o advogado do dono do veículo não quis comentar o caso e ainda foi rude com a imprensa presente.
Entenda o caso
Na quarta-feira (11), a Saveiro de um advogado de 57 anos ficou presa durante a concretagem do passeio realizada no último sábado (7). “Vou avaliar os danos e entrar com uma ação por perdas e danos”, explicou Márcio Parreiras Drumond, de 57 anos, que estava em uma viagem a trabalho.
O responsável pela obra, Celso Antônio de Faria, de 54 anos, explicou que, antes de autorizar a execução da concretagem do passeio, solicitou que o proprietário da Saveiro, que coloca também outros veículos no local, os retirasse, mas não foi atendido. “Tentamos um caminho pela via da paz, mas ele nos fez ameaças e disse para não tocarmos nos carros”, contou.
Segundo a advogada da empresa que faz a obra, Manu Participações, o dono do carro já fazia uso do espaço há muito tempo. “Desde que começamos a obra, em maio de 2012, temos problemas com ele.”
A Assessoria de imprensa da regional Oeste da Prefeitura de Belo Horizonte informou que fará uma vistoria no local para saber se há irregularidades de alguma das partes.

fonte otempo