Brasília - Dois medicamentos de alto custo para tratamento quimioterápico contra câncer de pulmão e dois para tratamento de Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) passam a estar incluídos no grupo de remédios oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio consta em portaria do Ministério da Saúde publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8).
A oferta de cloridato de erlotinibe e de gefitinibe, usados no tratamento de tumores pulmonares em estágio avançado, incluindo células cancerígenas grandes ou já em metástase, será incorporada já a partir deste fim de semana sem custo adicional para os pacientes.
No caso da Hipertensão Arterial Pulmonar de falha primária ou secundária, os medicamentos brisentana e bosentana poderão ser prescritos e adotados por pacientes. Os fármacos são ainda indicados em casos de contraindicação de sildenafilao. Nesse caso, o custo dos medicamentos é reduzido, com preço negociado pelo SUS.
O Brasil teve, em 2012, 54 mil novos casos de câncer de pulmão, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. O tabagismo é considerado o principal fator de risco para a ocorrência da enfermidade.
A Hipertensão Arterial Pulmonar, por sua vez, é mais rara, entre 30 e 50 casos a cada um milhão de pessoas. Porém, associda a outras comorbidades, especialmente o vírus HIV e pacientes de anemia falciforme, a doença tenha incidência mais alta. A obrigatoriedade de garantia de tratamento a esses casos foi reconhecida em 2009 pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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