segurança
Conforme delegado, Polícia Civil trabalha somente com um investigador nas ruas, o que dificulta a elucidação dos crime
A onda de crimes contra o patrimônio está mobilizando autoridades locais, que reforçaram patrulhamento em resposta aos números
por assecom publicado 11/12/2013 fonte: tnonline
Arapongas – Assaltos, furtos, tentativa de homicídio, atentados a tiros e tentativa de fuga na cadeia pública. Esse é o resumo das vinte e uma ocorrências policiais registradas pela Polícia Militar de Arapongas no último final de semana. A onda de crimes contra o patrimônio está mobilizando autoridades locais, que reforçaram patrulhamento em resposta aos números. Ontem teve início a Operação Papai Noel.
No sábado à noite, duas casas foram alvejadas por disparos de arma de fogo - uma na zona sul e outra na zona leste da cidade. Há suspeita de atentado. Na tarde de anteontem, dois homens armados assaltaram um posto de gasolina BR-369. Nem a Avenida Arapongas - a principal da cidade - escapou da ação dos ladrões. Um assalto foi registrado no sábado à noite em um comércio local. Também na área central, um rapaz de 25 anos foi ferido por um disparo de arma de fogo no cruzamento da Avenida Arapongas com Rua Harpia.
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Para o secretário de Segurança da cidade, Antônio Glênio Machado, o cenário é atípico e preocupante. No entanto ele ressalta que a Guarda Municipal está trabalhando com o apoio da Polícia Militar para aumentar a segurança na cidade com a operação de final de ano. “É uma situação que assusta a comunidade, mas já aumentamos o efetivo na rua para colaborar com a segurança de Arapongas”, ressaltou. Segundo ele, mais da metade do efetivo da GM que está nas ruas está armada. A operação conjunta com a PM está colocando mais agentes nas ruas para ação de patrulhamento, inclusive nos bairros.
Para o delegado Osnildo Carneiro Lemes, o reforço no efetivo é fundamental. De acordo com ele, a Polícia Civil trabalha somente com um investigador nas ruas, o que dificulta a elucidação dos crime.
“Não dá para desenvolver um bom trabalho em Arapongas sem condições mínimas de investigação”, frisa o delegado. Além dos crimes do final de semana, a polícia investiga o assalto à casa do empresário Francisco Marcos Pennacchi e a quadrilha que invadiu a Frigomax, na última sexta-feira. Em ambos os crimes, ninguém foi preso. Além da falta de investigadores, ele reclama da necessidade de mais um delegado na cidade. “Estou esperando a chegada de um colega desde quando vim para Arapongas há 3 meses”, diz o delegado.
COMÉRCIO
Os comerciantes da cidade sentem o reflexo da falta de investimento no setor de segurança. Caso da comerciante Joice Mara Saran, 31 anos, proprietária de uma sorveteria no centro. Para ela, a onda de violência preocupa uma vez que aumenta a cada dia. “Temo em ser a próxima vítima dos bandidos”, diz. “Agora vemos a polícia na rua devido a chegada do final do ano, mas e nos outros meses, não merecemos segurança?”, questiona a comerciante.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Arapongas (Acia), Geison Cortez, conta que foi procurado pela Polícia Militar e Guarda Municipal para ficar a par das estratégias de segurança que começaram a ser implantadas ontem com a Operação Papai Noel.
“Claro que a questão de criminalidade sempre é um assunto que comove, mas com relação ao fim de ano estamos bem mais tranquilos, pois a PM e a Guarda nos deixaram confiantes de que as pessoas vão ter sossego”, comenta.