Dentro de nós existe uma aspiração essencial: o desejo de paz, um anseio por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida
por Dom Celso Marchiori publicado 01/01/2014
Amados irmãos e irmãs, estamos iniciando mais um ano. Que renasça em nossos corações uma nova esperança de dias mais humanizados. Com Jesus, que é a graça e a bênção de Deus Pai, sejamos fortalecidos para enfrentarmos com destemor os desafios que os 365 dias de 2014 nos reserva.
Sejamos sinais de paz e do amor de Deus a todos os que iremos encontrar pelo caminho ao longo deste novo ano. Pelo nosso coração passe a eles a bênção de Deus que encontramos na primeira leitura da Missa do dia 01 de janeiro, ou seja, que “o Senhor os abençoe e os guarde! O Senhor faça brilhar sobre eles a sua face, e se compadeça deles! O Senhor volte para eles o seu rosto e lhes dê a paz!” (Cf. Nm 6, 24-26).
Como os dias passam depressa, aproveitemos para viver bem e para fazer o bem aos outros durante todo o ano. Com a graça de Deus façamos maiores progressos neste sentido colaborando, assim, para a implantação da paz entre todos os homens e mulheres. A paz é fruto de consciências que se abrem à verdade e ao amor. Dentro de nós existe uma aspiração essencial: o desejo de paz, um anseio por uma vida humana plena, feliz e bem sucedida. Sim, somos feitos para a paz e a paz é dom de Deus. A paz é um bem excelente. Por isso, com muito fervor rezemos pedindo a Deus esse presente. E façamos todo o esforço para favorecer a realização deste dom em nossa vida e em nossos relacionamentos.
O Papa Francisco, em sua primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz, assim se expressa: “desejo formular a todos, indivíduos e povos, votos duma vida repleta de alegria e esperança. Com efeito, no coração de cada homem e mulher, habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar”.
“Mas, enquanto houver em circulação uma quantidade tão grande como a atual de armamentos, poder-se-á sempre encontrar novos pretextos para iniciar as hostilidades. Por isso, faço meu o apelo lançado pelos meus Predecessores a favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico”.
“Não podemos, porém, deixar de constatar que os acordos internacionais e as leis nacionais, embora necessários e altamente desejáveis, por si sós não bastam para preservar a humanidade do risco de conflitos armados. É necessária uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos. Este é o espírito que anima muitas das iniciativas da sociedade civil, incluindo as organizações religiosas, a favor da paz. Espero que o compromisso diário de todos continue a dar fruto e que se possa chegar também à efetiva aplicação, no direito internacional, do direito à paz como direito humano fundamental, pressuposto necessário para o exercício de todos os outros direitos”.
Que a Virgem Maria, venerada com o título de Mãe de Deus no primeiro dia do ano, ajude-nos a contemplar a face de Jesus, Príncipe da Paz. Que a Mãe de Deus e nossa nos ajude e nos acompanhe neste novo ano para que possamos obter o dom da paz para nós e para o mundo inteiro. Amém!
Dom Celso Marchiori.