SAÚDE
Descarte de orgãos não será mais realizado no cemitério local.
A
falta de espaço no Cemitério Municipal de Arapongas criou um
impasse entre a administração municipal e o Hospital Regional João
de Freitas. A Secretaria de Meio Ambiente resolveu colocar em prática
uma regra da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) sobre o descarte final de membros amputados e a partir do
dia 10 de abril, o hospital, que é referência na área de
ortopedia, passará a ser responsável por dar o destino correto aos
membros amputados.
ENTENDA
O Hospital atende pacientes de Arapongas e região em várias especialidades, incluindo a ortopedia. Até então a prefeitura recebia o material de descarte de amputações e enterrava no cemitério.
Contudo, a legislação exige um esquema especial que não era cumprido pela prefeitura, que não vai mais aceitar os membros.
O Hospital atende pacientes de Arapongas e região em várias especialidades, incluindo a ortopedia. Até então a prefeitura recebia o material de descarte de amputações e enterrava no cemitério.
Contudo, a legislação exige um esquema especial que não era cumprido pela prefeitura, que não vai mais aceitar os membros.
Segundo
a administração, a Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama) nº 385/2005 estabele regras para o destino correto
do material biológico. O Artigo 3º da Resolução determina que o
gerador do resíduo, no caso o Hospital João de Freitas, seria o
responsável pelo destino final.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, até agora o município arcou com esta responsabilidade, mas os membros estavam sendo enterrados em locais inadequados no Cemitério Municipal.
"Percebemos que quando as famílias não requeriam os membros amputados, eles acabavam ficando sob responsabilidade do município, que não estava dando destino apropriado, pois não há um sistema exclusivo para isso em nosso cemitério", diz.
Se o município ficasse responsável por este serviço, seria necessário criar um sistema com gavetas, respeitando normas da Vigilância Sanitária. Levando em consideração que o Hospital realiza cerca de 4 cirurgias de amputação por mês, a secretaria precisaria disponibilizar pelo menos 40 gavetas. Já que as normas determinam que estes locais precisam ficar fechados por no mínimo 2 anos.
Como criar o sistema não é interessante para a prefeitura pela falta de espaço no Cemitério, a administração municipal realizou reuniões com os responsáveis pelo Hospital João de Freitas e sugeriu que estes órgãos sejam incinerados, caso a família não demonstre interesse em sepultá-lo em uma cova normal ou d sua propriedade.
De acordo com a secretaria de Meio Ambiente, tanto em relação ao meio ambiente como à saúde de modo geral, o destino ideal seria a incineração. O valor não é tão alto, isso custaria cerca de R$ 400 reais por mês ao Hospital. A incineração custa cerca de R$ 6,50 reais por quilo.
Conforme dados da prefeitura, cerca de 80% dos pacientes atendidos pelo Hospital João de Freitas para a amputação de membros não são araponguenses. Por este motivo, a maioria deles não se interessa em sepultá-los no cemitério da cidade.
A diretoria do hospital foi procurada pela reportagem da Tribuna do Norte, mas informou que, por enquanto, não vai se manisfestar sobre o assunto.