A
Casas Bahia, por exemplo, prometia vender uma segunda TV de 50
polegadas por apenas R$ 1 para o cliente que tivesse comprado um
televisor Samsung de 60 polegadas, se o País ganhasse o mundial.
Procurada,
a empresa não revela o volume de vendas de TVs e qual seria a sobra
de estoques por causa da desclassificação do Brasil. O produto já
deve estar no depósito da empresa.
Nesta
quarta-feira, 09, as campanhas de TV da varejista anunciavam o
parcelamento em dez vezes sem juros para uma lista de produtos
anunciados no dia. A rede varejista informou que a promoção não se
deve à desclassificação e que se trata de uma rotina da companhia.
No
Carrefour, as campanhas para vender televisores eram muito agressivas
ontem. Para alguns modelos, o parcelamento sem acréscimo chegava a
15 vezes. Procurada, a rede informou que não comenta estratégia nem
nível de estoques.
O
Magazine Luiza informa que não há liquidação por causa da saída
antecipada do Brasil da disputa pela taça. As promoções que estão
sendo feitas atualmente não tem, segundo a empresa, relação com o
evento.
Descompasso
Apesar
de as redes varejistas não revelarem o nível de estoques de TVs,
alguns indicadores da indústria e do comércio mostram que houve
descompasso entre produção e as vendas.
Dados
da Suframa mostram que, entre janeiro e abril, foram produzidos 5,6
milhões de televisores de LED. Essa quantidade é 65,1% maior em
relação a fabricada no mesmo período do ano passado. De acordo com
a indústria, as vendas para o consumidor aumentaram entre 30% e 40%
nos últimos meses na comparação anual.
"O
varejo
começou
a liquidar as TVs antes da desclassificação e isso deve se
intensificar", diz o economista da CNC, Fabio Bentes. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.