Professores e servidores técnicos administrativos suspenderam greve.
Na Unespar, reitoria ainda não decidiu como ficará calendário acadêmico.
Do G1 PR,com informações da RPC
17/03/2015
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| Imagem Robson Jardim - RPCTV Maringá |
No campus da Unespar em Paranavaí, no noroeste do Paraná, aproximadamente 2.200 alunos foram recepcionados pelos professores grevistas. O diretor do campus, Elias de Souza, informou que, por causa da greve, o calendário do ano letivo deverá ser refeito.
Para os alunos, o primeiro dia de aula é um alívio. “Estava na hora de voltar, pois, querendo ou não, a gente pode perder o ano”, diz a aluna do terceiro ano do curso de Serviço Social, Erica Rodrigues.
“Essa paralisação foi muito significativa, porque os professores reivindicaram não só coisas para eles, mas por nós alunos também. Os professores precisam de melhores condições de trabalho, e tendo isso, as aulas melhoram também”, acredita a aluna Fernanda Borin de Alvarenga.
A greve foi suspensa depois que o governo do estado se comprometeu a atender algumas reinvindicações das categorias, como o pagamento do terço de férias até o dia 31 de março, não mexer no ParanáPrevidência e repassar o dinheiro para a verba de custeio.
Tanto os professores quanto os servidores permanecem em estado de greve. Para os representantes do campus de Paranavaí, mesmo com a greve suspensa, a situação financeira da instituição ainda é crítica, uma vez que o dinheiro utilizado para o custeio e que é enviado pelo governo, até agora não foi suficiente para pagar as contas de luz, telefone e comprar materiais de limpeza.
Segundo a direção do campus, dos R$ 273 mil que deveriam ter sido repassados, vieram apenas R$ 76 mil. Para deixar o local em condições de receber os alunos, a maioria dos gastos foi pago com o dinheiro que a universidade tinha em caixa.
"Nós estamos fazendo os reparos com recursos próprios. Temos uma fonte de recursos que está custeando o campus. Porém, esse valor deve durar por um prazo de 30 dias. Se o governo não repassar a verba de custeio, não temos como continuar as atividades”, argumenta o diretor do campus da Unespar em Paranavaí,Elias de Souza.
Enquanto isso, os calouros são recebidos com festa no campus. E torcem para que o ano de estudos, que já começou atrasado, não tenha que ser interrompido de novo. “Eu espero que, realmente, o governo cumpra todo o combinado, e que só venham coisas boas esse ano”, diz a aluna Rosa Mucciolo.
UEM
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM) dos mais de 22 mil alunos que retornaram para a universidade, três mil são novos estudantes. Os calouros foram recepcionados com o tradicional trote. “Não tem como não fazer o trote, faz parte da tradição”, diz o estudante Gabriel de Araújo.
A recepção oficial foi com o reitor, no Restaurante Universitário que está em obras e só deve ficar pronto em aproximadamente seis meses. "As obras estão em andamento. Estamos assentando os azulejos neste momento. O que vai ficar pendente, estamos analisando se faremos uma licitação ou não. Acreditamos que em seis meses tudo ficará pronto, só depende das licitações”, diz o reitor da UEM, Mauro Baesso.
As aulas na UEM deveriam ter iniciado em 23 de fevereiro, mas por causa da greve de professores e funcionários, o início das aulas foi adiado.
Professores e funcionários voltaram ao trabalho, mas o estado de greve continua. Uma insegurança para os universitários.
"Nós ficamos nesse suspense porque hoje tem aula, mas semana que vem a gente não tem essa segurança, não sabemos se teremos um ano letivo corretamente", destaca a estudante de direito da UEM, Ana Cazetta.
