Moradores de Arapongas participaram de uma audiência pública, na última quarta-feira(16) à noite, organizada por representantes de entidades de classe da cidade, por iniciativa da CPI do pedágio da Assembléia Legislativa do Paraná. O debate foi em torno da legalidade do pedágio no Estado.
Diferente do que muita gente possa imaginar, a bandeira levantada pela organização Movimento Popular Por Amor a Arapongas não é o fechamento da praça de pedágio que está entre Arapongas e Rolândia, e sim que a concessionária cumpra com o contrato. Os organizadores do Movimento defendem preço justo e melhorias nas estradas.
Uma das idealizadoras do debate em Arapongas, a empresária Iracema Ferreira, diz que o valor cobrado pela concessionária Viapar em Arapongas é fora da realidade local. Ela argumenta que R$ 6,20 é muito caro para o estudante que precisa ir até Londrina ou Rolândia e ainda mais pesado quando a pessoa necessita fazer algum tratamento médico em cidades vizinhas, "O valor cobrado pela Viapar não condiz com a realidade de Arapongas. Não somos a favor do fim do pedágio e sim que se cumpra a lei, o que está no contrato", reclamou.
O presidente do Sindicato Rural Patronal, José Mendonça, acredita que o pedágio penaliza o agricultor devido ao alto valor, encarecendo demasiadamente o transporte, e esse valor acaba sendo repassado para o consumidor final. "Uma carreta hoje gasta cerca de R$ 150,00 até o Porto de Paranaguá, é um absurdo. A praça de pedágio é o grande prejuízo do produtor paranaense", afirmou.
O deputado estadual Kleiton Kielse também abraçou a causa contra o pedágio. Para ele o movimento, que está sendo realizado em todo o Estado, leva ao cidadão à informação real do que é o pedágio e seus impactos na sociedade. O deputado ainda afirmou que um dia o pedágio poderá deixar de existir e que houve mudanças nos aditivos alterando a estrutura contratual das concessionárias feita com o Estado do Paraná.
O Movimento Popular Por Amor à Arapongas, junto com outros grupos que são contra o pedágio está acompanhando a CPI do pedágio que foi instalada recentemente. Iracema Ferreira diz que analisarão o impacto da audiência e posteriormente organizar um abaixo-assinado para dar apoio à CPI.
TNOnline
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