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Carteira Nacional de Habilitação   

Aparelho passou a ser exigido pelo Contran em 1.° de janeiro.   

Proprietários de CFCs têm até 60 dias para adequação  


por Gesli Franc, gazeta maringá publicado 10/01/2014 
Paraná – Não tem mais como escapar. Os simuladores de direção na categoria B (automóveis) são obrigatórios para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) passou a valer em 1.° de janeiro deste ano, mas ainda não foi acatada por todas as autoescolas do país. De acordo com o Contran, a lei não será revogada e os proprietários dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) começarão a ser fiscalizados em até 60 dias – tempo limite para que os alunos que ingressaram nas aulas este ano terminem a parte teórica e sigam para a prática.
Na última terça-feira, o Detran de São Paulo enviou um ofício ao Contran e ao Departamento Nacional de Trânsito, ligado ao Ministério das Cidades, pedindo o alargamento do prazo para 90 dias. Até ontem, porém, o Contran disse que não tinha recebido o documento e que, de qualquer forma, não o acataria tendo em vista as CFCs que já conseguiram se adequar à exigência.
Paraná
  • No Paraná, apenas uma autoescola adquiriu o aparelho até agora. O diretor da autoescola Silva, Felipe Aguilar Gomes Silva, conta que a medida foi tomada antes mesmo da obrigatoriedade. “Entendemos a necessidade e fomos atrás, não adianta adiar.” Ele diz acreditar que o simulador é essencial para a preparação de quem nunca teve contato com o carro e de suma importância para quem já sabe dirigir, mas não tem prática em rodovias.
Em nota, o Detran do Paraná informa que é “favorável à obrigatoriedade do simulador e está em diálogo com o Denatran e o Sindicato das Autoescolas do Paraná, para que a medida passe a valer o quanto antes no estado”.
Mas a prática da lei ainda não está totalmente clara para as CFCs. A diretora da autoescola Curitiba, Jussara Silva, questiona a prevalência da lei. “É uma incógnita, será que vão fiscalizar? Vamos investir em algo caro que não vai acabar com a imprudência.”
O bolso também é a principal preocupação da diretora do centro de condutores Nacional, em Maringá, já que os simuladores podem custar até R$ 40 mil. “É o preço de um carro popular. Não sei se teremos que financiar, só sei que teremos que diluir o investimento aumentando o custo para os clientes”, alerta.
Conforme a Federação Nacional de Autoescolas (Feneauto), os candidatos à CNH poderão pagar até 20% a mais pelo processo. A estimativa leva em conta não somente o valor do aparelho, mas o custo de manutenção que é feito mensalmente e pode chegar até R$ 1,5 mil.

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