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DIA DO TRABALHADOR

Neste 1º de maio, trabalhadores de todo o mundo relembram as lutas trabalhistas e comemoram as conquistas obtidas.



Blog, em 01 /05/2014  
O Dia do Trabalho é comemorado no Brasil e em várias partes do mundo em 1º de maio. A homenagem é feita anualmente por causa da greve ocorrida em 1886, na cidade de Chicago (EUA) em que milhares de trabalhadores reivindicaram a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias. 
Dias depois, em 4 de maio de 1886, outra manifestação aconteceu em Chicago e resultou na morte de policiais e protestantes. O evento também foi um dos originários do Dia do Trabalho e ficou conhecido como Revolta de Haymarket. 
Dia do Trabalho no Brasil 
As primeiras normas trabalhistas surgiram no País a partir de 1890. Por exemplo, em 1891, foi oficializado o Decreto nº 1.313, que regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. 
Em 1912, durante o 4º Congresso Operário Brasileiro, foi fundada a Confederação Brasileira do Trabalho (CBT), que tinha o objetivo de reunir as reivindicações operárias. 
Em 1917, aconteceu a Greve Geral, movimento trabalhista que parou a indústria e o comércio. Em 1924, o dia 1º de maio foi decretado feriado nacional pelo presidente Artur Bernardes. 
Após a Revolução de 30, a política trabalhista brasileira se fortaleceu. Getúlio Vargas criou o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio e a Constituição de 1934 foi a primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil.  
O documento foi o primeiro a estabelecer a liberdade sindical, o salário mínimo, a jornada de oito horas, o repouso semanal,as  férias anuais remuneradas, a proteção do trabalho feminino e infantil e a isonomia salarial.  
A Justiça do Trabalho também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934, foi mantida na Carta de 1937, mas só foi instalada de fato em 1941. A necessidade de reunir as normas trabalhistas em um único código abriu espaço para Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada em 1943.  
Até o início da Era Vargas, o 1º de maio era considerado um dia de protestos operários, marcado por greves e manifestações. O governo da época passou a escolher a data para anunciar benefícios aos trabalhadores, transformando-a em “Dia do Trabalhador”. Desta forma, o dia não mais era caracterizado apenas por protestos, e sim comemorado com desfiles e festas populares, como é até hoje.
Margarida Alves 
Um dos personagens históricos da luta trabalhista no Brasil foi Margarida Alves. A paraibana lutou, durante dez anos, pelos direitos básicos dos trabalhadores rurais do Brasil (Carteira de Trabalho, jornada de oito horas, férias e 13º salário) e foi a primeira mulher eleita para a presidência do Sindicato de Trabalhadores Rurais (STR) de Alagoa Grande, em 1973. Foi, também, fundadora do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural. 
 Margarida foi assinada uma semana após completar 50 anos, na porta de sua casa. Após sua morte, ela se tornou um símbolo político e representativo das mulheres trabalhadoras rurais. 
Em 1988, Margarida recebeu, postumamente, o Prêmio Pax Christi Internacional (Paz de Deus, em latim), e em 2000, deu seu nome à “Marcha das Margaridas”. Essa mobilização ocorre sempre em agosto, em Brasília, e reúne milhares de mulheres trabalhadoras rurais. Na passeata, as mulheres apresentam suas reivindicações para melhorar a vida no campo e na floresta em todo o País. 

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