Primeiro IST do Paraná é contribuição efetiva para competitividade da indústria, diz CampagnoloPrimeiro IST do Paraná é contribuição efetiva para competitividade da indústria, diz Campagnolo
Por Agência Fiep - 09/03/2015
O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, inaugurou nesta segunda-feira (9), em Arapongas, o primeiro dos sete Institutos Senai de Tecnologia (ISTs) que estão em processo de implantação no Estado. A estrutura, que vai atender a indústria de madeira e mobiliário, faz parte de uma rede de 63 ISTs que o Senai terá em todo o país, com o objetivo de alavancar a competitividade da indústria nacional.
Autoridades descerram a placa que marca a inauguração do IST em Arapongas |
“Com iniciativas como esta mostramos que, mais do que cobrar das diferentes esferas de governos soluções para os inúmeros problemas que afetam o setor produtivo, o Sistema Indústria dá uma contribuição concreta para o a competitividade de nossas empresas e para o desenvolvimento do Paraná e do Brasil”, declarou Campagnolo.
O IST de Arapongas é um dos 18 empreendimentos que estão prontos ou ainda em construção no Paraná, que totalizarão investimento de R$ 190 milhões – sendo R$ 149 milhões financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 41 milhões de recursos próprios do Senai. Na cidade da região Norte do Estado, foram investidos quase R$ 8 milhões, entre obras e aquisição de equipamentos. Além dos sete ISTs, já está em funcionamento em Curitiba um Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica.
“Especialmente nos últimos meses, temos feito manifestações pontuais sobre várias medidas que vêm comprometendo ainda mais o panorama para a indústria estadual e nacional. Mas, ao mesmo tempo, estamos fazendo nossa parte, investindo em institutos que prestarão apoio completo a diferentes setores industriais”, reforçou o presidente do Sistema Fiep. “Contribuímos, assim, de maneira efetiva com a busca por soluções para que nossas indústrias desenvolvam inovações e novas tecnologias, superem as dificuldades e se tornem mais competitivas”, completou.
Madeira e mobiliário
Os ISTs têm o objetivo de ser uma referência na busca de soluções em inovação e serviços tecnológicos e de educação, e de contribuir para a competitividade e desenvolvimento de diferentes setores da indústria paranaense. Os institutos têm como foco a pesquisa aplicada, desmistificando a incompatibilidade da inovação com a rotina industrial.
Em Arapongas, onde fica o principal polo moveleiro do Paraná e um dos principais do Brasil, o IST conta com uma área de 1.585 metros quadrados. “A já histórica presença da Unidade do Senai em Arapongas recebe, com esses novos investimentos, um significativo aporte de tecnologia que permitirá à comunidade industrial paranaense um salto de qualidade em seus processos produtivos”, afirma Marco Secco, diretor do Senai no Paraná. Para ele, a operação do IST vai também garantir a qualidade dos produtos, que passarão por ensaios laboratoriais e metrológicos nos novos laboratórios. “É o Senai cumprindo sua missão”, acrescenta.
O instituto conta com laboratórios de Análise de Materiais, Ensaios Estruturais, Simulação Industrial e Prototipagem, oferecendo as ferramentas necessárias para elevar a eficiência dos produtos e processos do setor. Apesar de estar instalado em Arapongas, a estrutura atenderá o setor de madeira e mobiliário de todo o Estado. De acordo com dados da Relação Anual de Informações 2013, do Ministério do Trabalho e Emprego, o Paraná é o terceiro estado brasileiro com concentração de empresas fabricantes de móveis em que há maior uso de metal. Também é o quarto estado com predominância em madeira. E é o primeiro em fabricação de móveis com outros materiais, em quase 3 mil estabelecimentos.
Nilson Violato, gerente da unidade de Arapongas, afirma que a inauguração das instalações do IST em Arapongas é a concretização de um esforço empreendedor de pessoas e de instituições para possibilitar a competitividade desse setor na economia brasileira, pelas vias da inovação e da tecnologia. “É a mostra de uma indústria que resolveu entender o seu modelo de negócio e buscou, no Senai, o seu parceiro para dar o salto qualitativo que necessitava”, finaliza.