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» » » » » PARANÁ | ALERTA GEADA | Simepar e Iapar iniciam Alerta Geada

Serviço beneficia sobretudo a agricultura

Simepar publicado 12/05/2015
Simepar: geada 1975
Desde o dia 8 o Simepar - Sistema Meteorológico do Paraná e o Iapar - Instituto Agronômico do Paraná tornam disponível o serviço Alerta Geada. As informações são lançadas com 72 horas de antecedência nas páginas dos órgãos na Internet – www.simepar.br e www.iapar.br. Os interessados também podem receber mensagens por celular ou e-mail cadastrando-se na página do Iapar. O serviço vai até o fim do inverno.
Segundo o meteorologista Cezar Duquia, as regiões mais atingidas por geadas são a Central, Sul e Sudoeste. O Simepar faz três previsões diárias com base em dados, imagens de satélites e modelos numéricos que possibilitam o acompanhamento das massas de ar frio. "Geralmente essas massas têm origem nos polos ou ganham intensidade no Pacífico Sul, deslocando-se em direção ao Paraná", explica Duquia.
Desenvolvido há 21 anos, o Alerta Geada tem alta confiabilidade: nunca errou uma previsão. Em julho de 2000 o serviço evitou perdas estimadas em 20 milhões de dólares em plantações de café no Paraná. O êxito alcançado na aplicação da meteorologia à agricultura tornou-o referência nacional e internacional para a Sociedade Brasileira de Meteorologia e a International Society of Agrometeorology.
Outras instituições participam da rede do Alerta Geada, entre as quais a Emater - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, prefeituras, cooperativas, associações de produtores rurais, técnicos e profissionais de agronomia. As comunidades das regiões atingidas também costumam envolver-se na difusão dos alertas, incluindo estabelecimentos educacionais e religiosos.
 Benefícios à agricultura - O principal objetivo do Alerta Geada é prevenir perdas agrícolas, com destaque para a cafeicultura. O ar frio pode causar danos irreversíveis às plantações. Segundo o pesquisador em agrometeorologia Paulo Caramori, "a geada é mais severa nos fundos de vale, porém a forma mais fraca também requer atenção e um trabalho preventivo multidisciplinar".
Se a temperatura estiver abaixo de 2 graus Celsius negativos, pode ocorrer no tronco a geada de canela. O pesquisador explica que até seis meses após o plantio o caule do pé de café pode ser dobrado e coberto com terra por até duas semanas – procedimento conhecido como enterrio das mudas. Até atingir dois anos de idade, o tronco deve ser protegido por até três meses adotando-se a prática denominada chegamento de terra ou amontoa até a altura do primeiro par de ramos. Após essa idade, os próprios ramos protegem a planta. A parte aérea pode ser podada e regenerada, evitando a perda total da planta e reduzindo o prejuízo.
As previsões são úteis a outras plantações sensíveis a geadas. Para verduras – como alface, almeirão, pepino e tomate – e lavouras de época – como a uva de mesa – o método de proteção mais indicado é o uso de estufas.
No artigo intitulado "Alerta Geada: um serviço aos nossos agricultores", Caramori apresenta o histórico do projeto e destaca o papel da mídia na divulgação das informações. O trabalho pode ser consultado em www.iapar.br/arquivos/File/zip_pdf/agrometeorologia/2015AlertaGeada.pdf.

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