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» » » » PARANÁ | CONFRONTO | Comandante diz que PM do Paraná não pode ser tachada de leviana por secretário

MP manifesta-se contra desconto no salário de professores paulistas em greve

Agência Brasil publicado 06/05/2015
O comandante-geral da Polícia Militar (PM) do Paraná, Cesar Vinícios Kogut, enviou uma carta ao governador do estado, Beto Richa, divulgada hoje (6) pelo próprio comandante, na qual repudia as declarações do secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, em entrevista coletiva, na última segunda-feira (4). O documento é assinado pelo comandante e por mais 15 coronéis.
Na carta, enviada ao governador ontem (5), Kogut manifestou seu “repúdio” às declarações do secretário após confronto entre policias e manifestantes, em sua maioria professores, em que cerca de 200 pessoas ficaram feridas. “Não se pode admitir, em respeito à tradição da Polícia Militar do Paraná, seus oficiais e praças, que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de irresponsável e leviana”. 
Divulgação/Joka Madruga
O comandante diz ainda que “todas as ações foram tomadas seguindo o plano de operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior da Sesp [Secretaria de Segurança Pública], tendo inclusive o senhor secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no, desenrolar dos fatos, o secretário de Segurança Pública era informado dos desdobramentos”.
A carta informa também que, imediatamente após o protesto, foi determinada abertura de Inquérito Policial Militar para apurar possíveis excessos e que o secretário foi alertado “inúmeras vezes”, durante a ação, que “pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu”.
Em entrevista a jornalistas na segunda-feira (4), o secretário comentou a ação policial durante protesto de professores em Curitiba, há uma semana, que deixou mais de 200 feridos.  “Não tem justificativa. Nós lamentamos. As imagens são terríveis. Nunca se imaginava que um confronto como esse terminasse de maneira tão lastimável, com as imagens que nós vimos. Nada justifica. Lesões, vítimas, de ambos os lados. Vamos ouvir quem comandou a operação, quem deus as ordens para que fossem executadas as medidas de conteção”, disse Francischini.
Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Segurança enviou nota, assinada pelo secretário Fernando Francischini, na qual diz que “os coronéis compreendam que fui mal interpretado em alguns pontos de uma entrevista. Por isso, reafirmo meu total apoio a todas as operações da Polícia Militar, compartilhando todas as responsabilidades inerentes à secretaria”.
A assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou a carta, disse que ela é pública, mas ressaltou que foi divulgada pessoalmente pelo comandante.

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