Governo quer realizar novo encontro no dia 19, mas servidores dizem que só participarão se um porcentual de reajuste salarial for apresentado antes do encontro.
Reprodução Gazeta do Povo publicado 12/05/2015
Mesmo com um protesto que reuniu cerca de mil pessoas, a reunião realizada nesta terça-feira (12), no Palácio das Araucárias, em Curitiba, terminou sem que o governo do Paraná apresentasse uma proposta de reajuste salarial aos servidores estaduais. Com a falta de acordo, os representantes dos trabalhadores se revoltaram e saíram do encontro ameaçando realizar uma greve geral. A intenção da administração estadual é realizar um novo encontro no dia 19 de maio, próxima terça-feira.
No entanto, o Fórum dos Servidores Estaduais (FES) informou que só vai comparecer ao encontro se o governo apresentar uma proposta de reajuste antes de sua realização. A entidade quer um número até esta quinta-feira (14). “Não tem mais reunião. Queremos um índice e pronto”, disse Marlei Fernandes, diretora de Finanças da APP-Sindicato e representante do fórum.
O impasse já era anunciado por declarações dadas pelo secretário da Fazenda do Paraná, Mauro Ricardo. Em entrevista à Gazeta do Povo, ele antecipou que a situação financeira do estado não permitiria nenhum reajuste salarial para os servidores, mas acrescentou que a decisão sobre conceder ou não o reajuste não é apenas da pasta. “Cabe a nós apresentar os números para que seja tomada uma decisão”, resumiu ele.
Segundo Marlei Fernandes, uma das representantes do Fórum Estadual de Servidores (FES) na reunião, os servidores mostraram argumentos técnicos, apontando que é possível conceder ao menos a reposição da inflação do período, calculada em 8,17% (pelo IPCA), como reajuste salarial aos servidores estaduais. Pelo lado do governo, participaram da reunião a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, e a secretária da Educação, Ana Seres Trento Comin.
Esse foi o segundo encontro entre servidores e governo para discutir a data-base dos trabalhadores. No último dia 5, a administração estadual pediu mais tempo para estudar um possível reajuste salarial ao funcionalismo. A decisão, à época, levou os professores a manter a greve da categoria.
Aniele Nascimento/Gazeta do Povo |