Sindicato que representa os professores pede apoio dos deputados para que governo inclua a sexta aula a fim de encerrar ano letivo em dezembro
Reprodução Folhaweb publicado 18/06/2015
Curitiba – Membros da APP-Sindicato, entidade que representa os professores da rede pública estadual, estiveram na Assembleia Legislativa (AL) do Paraná ontem para pedir aos deputados que participem das negociações com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) relativas à definição do calendário escolar de 2015. Ao contrário do que propõe a pasta (encerrar o atual ano letivo até 7 de março de 2016), eles defendem a adoção da sexta aula como forma de esgotar todo o conteúdo previsto até 23 de dezembro.
Segundo a professora Marlei Fernandes, secretária de finanças da instituição, a medida já aconteceu em outras reposições de greve, sem prejuízo ao aprendizado dos quase um milhão de alunos. "Os pais e mães também preferem, porque não altera muito o seu dia a dia", afirmou. Ela contou que esteve na Seed ontem apresentando a proposta e que aguarda um posicionamento por parte do governo. Devido às duas paralisações mais recentes, a de fevereiro e a encerrada no início deste mês, em 2015 houve apenas 30 dias letivos, que correspondem a 125 horas com estudantes. Como a legislação estipula um total de 800 horas anuais, faltariam 675 para se cumprir.
Segundo a professora Marlei Fernandes, secretária de finanças da instituição, a medida já aconteceu em outras reposições de greve, sem prejuízo ao aprendizado dos quase um milhão de alunos. "Os pais e mães também preferem, porque não altera muito o seu dia a dia", afirmou. Ela contou que esteve na Seed ontem apresentando a proposta e que aguarda um posicionamento por parte do governo. Devido às duas paralisações mais recentes, a de fevereiro e a encerrada no início deste mês, em 2015 houve apenas 30 dias letivos, que correspondem a 125 horas com estudantes. Como a legislação estipula um total de 800 horas anuais, faltariam 675 para se cumprir.
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Conforme cálculos da APP, o conteúdo poderia ser ministrado em 150 dias de 4 horas e 50 minutos. Assim, no período da manhã os estudantes ficariam em sala das 7h15 às 12 horas; à tarde das 13 horas às 17h45 e, à noite, das 18h30 às 23 horas (com intervalos de 10 a 15 minutos). As 54 horas faltantes seriam compensadas em 12 sábados. A professora disse que não pretende propor emendas ao projeto que trata do reajuste do funcionalismo. No entanto, falou que tem conversado com os parlamentares pedindo que eles ajudem a sensibilizar o Executivo. O deputado Paranhos (PSC) se mostrou disposto a apresentar um requerimento na AL, atendendo às reivindicações.
Procurada pela FOLHA, a Seed enviou uma nota, reafirmando aquilo que já tinha divulgado logo após o encerramento da greve. De acordo com o órgão, as aulas aos fins de semana são possíveis, mas dependem da disponibilidade de transporte escolar, o que é de responsabilidade dos municípios. Também não devem comprometer as datas reservadas a atividades como formação continuada de docentes e semana pedagógica. Por outro lado, a Secretaria não vê com bons olhos a oferta da sexta aula, nem qualquer outro tipo de aumento no número de horas diárias por turno. "Dessa forma, só serão cumpridas as 800 horas e não os 200 dias letivos", diz trecho da justificativa. (Colaborou Adriana de Cunto)
Mariana Franco Ramos
Reportagem Local
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