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» » » » » » » ARAPONGAS | MEIO AMBIENTE | Vereador Lita quer barrar exploração de gás de xisto diante do risco ambiental em Arapongas (Pr)

A região está localizada na Bacia Sedimentar do Paraná e contempla uma grande reserva de xisto

     -    publicado 06/07/2016
Estados Unidos, Brasil, China e Argentina são os
países com as maiores reservas mundiais de xisto.
A empresa brasileira Petrobrás desenvolveu o
Processo Petrosix ® para produção de óleo de
xisto em larga escala.
O vereador Lita Evangelista (PHS), usou a tribuna da Câmara Municipal de Arapongas, na noite de ontem, terça-feira (06), para falar de seu Projeto de Lei que será apresentado na próxima sessão legislativa, 12, dispondo sobre a proibição da concessão de alvará e ou licença para utilização do solo com a finalidade de exploração do gás de xisto (não convencional) pelo método do fraturamento hidráulico.
Em seu pronunciamento, Lita alerta a população araponguense sobre os perigos e riscos do fracking que é uma tecnologia minerária altamente poluente que utiliza milhões de litros de água, areia e um coquetel de 600 produtos químicos, muitos deles cancerígenos e até radioativos, para explodir a rocha de xisto no subsolo e liberar o gás (shale gas). Além de poluir as reservas de água de superfície e aquíferos, contaminar o solo e poluir o ar com o gás metano liberado pelas fissuras, o fracking também está comprovadamente associado à ocorrência de terremotos

Lita Evangelista, após a sessão, relatou que o 'NÃO FRACKING BRASIL' afirma "que em tempos normais, já seria muito preocupante a ocorrência de atividades sísmicas em regiões onde não há um histórico de registros. Porém, muito mais preocupante é que isto aconteça justamente no período em que a Agência Nacional de Petróleo e Gás Natural (ANP) está realizando na região uma série de testes para prospectar petróleo e gás natural. A região está localizada na Bacia Sedimentar do Paraná e contempla uma grande reserva de xisto (folhelho pirobetuminoso), que já teve blocos comercializados pela ANP em dezembro de 2013 com autorização para utilização do fraturamento hidráulico, ou FRACKING, para extração de petróleo e gás do subsolo."
De acordo com com os organizadores da Campanha Não Fracking Brasil, nos últimos anos, o governo brasileiro e a indústria do petróleo e gás vêm somando esforços para explorar o gás natural de rochas, através do processo de Fracking.
Afirma o vereador que em novembro do ano passado, conforme informações da ALEP, parlamentares paranaenses estiveram em missão na Argentina para verificar a devastação provocada pela tecnologia na região de Neuquém. "Queremos alertar a população araponguense sobre os perigos e riscos do fracking que é uma tecnologia minerária altamente poluente", alerta o vereador. 
A exploração do gás de xisto
O xisto betuminoso (também conhecido como folhelho ou xisto argiloso) é uma importante fonte de combustível. Quando submetido a altas temperaturas, produz um óleo de composição semelhante ao do petróleo. Dele se extrai nafta, óleo combustível, gás liquefeito, óleo diesel e gasolina.
Estados Unidos, Brasil, China e Argentina são os países com as maiores reservas mundiais de xisto. Nos EUA a exploração está em franca expansão, apoiada no uso da técnica chamada de fracking, onde ocorre o fraturamento hidráulico da rocha em um processo de injeção de toneladas de água sobre alta pressão para o qual é necessária uma grande quantidade também de areia e produtos químicos.
"Sabemos que usa-se uma grande quantidade de água, posteriormente devolvida ao meio ambiente como rejeito altamente poluído”, disse Lita.
No Brasil, com o intuito de impedir a exploração e evitar desastrosos danos ambientais, foi fundada em Setembro de 2013 a COESUS – Coalização Não Fracking Brasil, hoje formada por ambientalistas, cientistas, geólogos, hidrólogos, engenheiros, biólogos e gestores públicos, que de lá para cá tem realizado uma série de ações, incluindo audiências públicas em diversos estados brasileiros.
Umuarama, no noroeste do Paraná, numa atitude inédita no Brasil, proibiu a extração de gás de xisto no município. "Assim como em Umuarama, esperamos que os vereadores, unânimes, aprovem essa lei, que proíbe a concessão de alvará ou licença para exploração do gás de xisto em Arapongas", finaliza Lita.

Fontes

  • ALEP - Assembleia Legislativa do Paraná
  • Revista Época
  • Não Fracking Brasil

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