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| - O modelo do trem será um VLT, mais rápido e mais silencioso (Crédito: Fabiula Wurmeister) - |
- Reprodução Jornal de Londrina - De Fábio Calsavara publicado 20/10/2015
Uma nova movimentação do governo do Estado pode deixar o Trem Pé-Vermelho mais perto de sair do papel. A avaliação foi feita pelo prefeito de Londrina Alexandre Kireeff (PSD) após o anúncio da governadora em exercício Cida Borghetti de um Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a realização de estudos e projetos para a implantação do trem. A nova interligação ferroviária percorrerá 13 cidades das regiões Norte e Noroeste do Paraná.
“É por meio desse PMI que vai ser definida a cara do Trem Pé-Vermelho”, disse Kireeff, em entrevista ao JL por telefone na manhã desta terça-feira (20). “Esse é um passo muito importante e vai modelar a forma como o projeto do trem será executado e posteriormente explorado. No PMI vai ser definido se cada cidade vai conduzir seu projeto e depois as linhas serão interligadas ou se o projeto vai ser tocado de maneira progressiva, uma cidade de cada vez. De qualquer maneira, é uma movimentação importante para a região.”
Segundo o secretário de Estado do Planejamento, Sílvio Barros, R$ 10 milhões foram destinados pelo Ministério dos Transportes para a elaboração dos projetos de implantação, manutenção e operação da linha ferroviária. “Nós optamos por abrir uma manifestação de interesse para que empresas especializadas nesta área possam apresentar suas propostas”, explicou, em nota publicada pela Agência Estadual de Notícias.
De acordo com o vice-prefeito de Apucarana, Sebastião Ferreira Martins Junior, o Trem Pé-Vermelho deve contar com uma composição do tipo VLT – o Veículo Leve sobre Trilhos. O VLT anda entre 80km/h e 100 km/hora sobre uma linha única. VLTs são vantajosos porque são silenciosos, podem funcionar apenas com eletricidade ou diesel, e não provocam os impactos gigantescos da construção dos metrôs subterrâneos. No Ceará, o VLT do Cariri liga as cidades de Crato a Juazeiro e internamente se assemelha a um ônibus. Custa a bagatela de R$ 1.
“Esse VLT é, sem sombra de dúvidas, um dos modelos mais viáveis do país”, avaliou Martins Junior. “É a oportunidade de uma ligação mais rápida e mais barata de uma população que precisa se deslocar para trabalho, estudos, entretenimento. É de Arapongas para Londrina, de Londrina para Apucarana, de Maringá para Londrina, uma migração muito grande”, disse.
E o tamanho dessa migração já foi estimado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1,5 milhão de habitantes. Dados oficiais do IBGE mostram que a população das 13 cidades beneficiadas diretamente com o Trem Pé-Vermelho representa 15% de todos os habitantes do Paraná.
“É uma manifestação oficial do governo do Estado no sentido de abrir espaço para que parceiros da iniciativa privada possam participar desse processo. Nós torcemos para que surjam interessados, tanto entre empresários paranaenses quanto de fora do estado e até mesmo fora do Brasil. Temos que sensibilizar esse público para que mostrem interesse dentro do prazo necessário”, comentou Martins Junior. A inscrição no PMI pode ser feita pela internet até meados de novembro.
