Um serviço de poda de árvores urbanas que estava sendo realizado ontem em diversas ruas de Apucarana foi interrompido por iniciativa do prefeito Beto Preto. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente foi acionada e embargou o trabalho da Copel no Bairro 28 de Janeiro, nas ruas Clotário Portugal e Munhoz da Rocha.
“Observei no local a poda radical, praticamente mutilando as árvores e determinei a imediata paralisação”, admitiu o prefeito, que pediu a intervenção da Sema. Segundo ele, existe uma legislação municipal e ele deve ser cumprida por todos.
O secretário do meio ambiente, o geólogo Ewerton Pires, explicou que a Lei 020/2014 que rege o plantio, manejo, podas e abate de árvores, prevê que este tipo de ação é vedada. “Isso é proibido, a menos que o responsável tenha um laudo técnico e liberação da Sema”, assinalou.
Conforme revela o secretário, os funcionários – ou terceirizados - da Copel foram notificados para paralisar o serviço até providenciarem a regularização junto à Secretaria do Meio Ambiente. “Da forma como estava sendo feito o serviço, com a retirada de mais de 50% da massa verdade da planta, poderia acarretar até na morte ou no desequilíbrio estrutural das árvores”, argumentou Pires.
Segundo o secretário, o corte em “V” no centro das árvores, para liberar a passagem dos fios, acaba provocando uma mutilação das plantas. “Também observamos que os cortes de galhos tem sido feitos com angulação errada, podendo ocasionar necroses e até a morte de árvores”, relatou.
Após paralisar as podas, técnicos da Copel estiveram na Secretaria do Meio Ambiente e se reuniram com Ewerton Pires. “Eles receberam orientações de como proceder adequadamente as podas e se comprometeram a apresentar um projeto para nossa avaliação”, informou Pires.
De acordo com relato de funcionários da Copel as podas são uma forma preventiva de evitar panes e quedas de energia elétrica, com curtos-circuitos.
PM Apucarana publicado 03/02/2016