Uma comitiva formada pela promotora do Meio Ambiente de Arapongas, Leda Barbosa Lorejan, representantes da Sanepar, Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Prefeitura vistoriaram nesta semana oito pontos considerados mais críticos em relação aos danos ambientais provenientes das chuvas de janeiro. A vistoria é preparatória para a vinda ao município de técnicos da Mineropar - Serviço Geológico do Paraná. O órgão foi acionado pelo Ministério Público para uma avaliação técnica dos estragos visando a adoção de medidas de reparação de danos.
A vistoria foi acompanhada pelo gerente regional da Sanepar, Marcos Machioni, e o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Vanderlei Sartori, além do chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ronaldo Siena, e por técnicos da Defesa Civil e da Secretaria Municipal de Obras. As chuvas agravaram a erosão em vários locais, o que coloca em risco algumas estruturas urbanas e requer ações corretivas e preventivas.
“Solicitei à Mineropar uma vistoria e estudo geológico da cidade e à prefeitura uma caracterização do meio físico e a indicação das áreas de risco geológicos”, disse a promotora. Segundo ela, a partir dessa avaliação e diagnóstico, será realizada nova reunião com as entidades para discutir as prioridades e as linhas de ação. “É preciso cooperação entre os órgãos da cidade para resolvermos o problema que é de toda a comunidade”, disse. Entre os pontos vistoriados, alguns pertencem ao sistema de coleta e tratamento de esgoto na cidade.
Nos fundos do Clube Campestre, na Vila Araponguinha, a erosão está tão grande que demoliu parte do muro do clube e deixou a tubulação de esgoto exposta e sem sustentação. Para resolver a situação, a Sanepar aguarda autorização do município para fazer o remanejamento da rede, que tem cerca de 530 metros. A erosão causou grandes danos a estrutura do clube.
De acordo com gerente de manutenção Mauro Aparecido Lopes, todo o encanamento das piscinas foi estourado devido as rachaduras que surgiram no piso. A área do parque aquático e quadras de esportes precisou ser isolada. "Duas quadras de tênis foram engolidas pela erosão e a área precisou ser isolada para garantir a segurança dos associados", comenta.
Risco de vazamento de esgoto - A chuva também causou estragos em outros pontos da rede de esgoto. No final da Rua Azulão da Mata, no Jardim São Carlos, em 11 de janeiro, as chuvas levaram uma tubulação de esgoto, sustentada por vigas de metal, sobre o Córrego Criador. A Sanepar já executou uma nova travessia com extensão de 50 metros, aérea, suspensa com cabos de aço. Uma grande erosão também deixou exposto o maior interceptor de esgoto da cidade, na Rua Pavão.
Na Estação de Tratamento de Esgoto Campinho, a preocupação da Sanepar é com erosão que, se avançar, pode causar desmoronamento na lagoa de tratamento de esgoto. Também foram vistoriadas a Rua Formigueiro da Serra, no Jardim São Bento, onde a erosão destruiu uma galeria pluvial; a erosão na nascente do Ribeirão Arlindo, localizada nos fundos do Estádio Municipal de Futebol, que teve o muro destruído; a área do frigorífico Frigomax; o fundo de vale no bairro São Rafael V; e o Parque das Nações, que está com uma área interditada e há uma mina d´água próxima à uma das arquibancadas.
Reprodução Tnonline publicado 06/03/2016