Foto reprodução |
Ainda mais econômicas que as motos, as bicicletas motorizadas ou
elétricas estão tomando o já problemático trânsito de Arapongas e dando
dor de cabeça para as autoridades locais. Apesar de nenhum órgão ter
alguma estatística sobre o crescimento do uso desse tipo de veículo, a
Polícia Militar afirma estar alerta em relação aos riscos. Para o
capitão da 7ª Companhia de Arapongas, Vilson Laurentino, o principal
problema é que normalmente as pessoas que utilizam as bicicletas
modificadas não respeitam os códigos de trânsito e muitas, caso dos
adolescentes, sequer têm habilitação.
Na manhã de hoje o diretor da Secretaria de Segurança e Trânsito
(Sestran), tenente Antônio Aparecido de Oliveira, e representantes da PM
participam de reunião para definir uma campanha de conscientização
sobre a utilização das bicicletas motorizadas no município. O diretor de
trânsito adiantou que o encontro deve abordar também a questão da
fiscalização, já que a situação das bicicletas motorizadas é abrangente e
encontra brechas na legislação de trânsito. “Vamos discutir e
acompanhar o que diz a resolução de trânsito e estudaremos o caso para
só assim elaborarmos a campanha de conscientização”, afirma.
De acordo com o capitão Vilson, o Código Nacional de Trânsito (Contran)
prevê uma carteira provisória para quem quer utilizar as bicicletas
motorizadas e não tem CNH. A chamada Autorização para Condução de
Ciclomotor (ACC) pode ser requerida na Ciretran. O capitão ressalta,
entretanto, que não existe nenhum pedido desse tipo de documento no
Paraná. Outro problema é a questão do registro dos veículos. Por ter
propulsão motorizada, a bicicleta elétrica e a ciclomotor são regidas
pelo Contran e, em tese, deveriam ter registro e licenciamento, contudo,
é necessária regulamentação complementar.
Acidente com vítima Fatal na Avenida Grande Circular, em Manaus (Foto: Adneison Severiano/G1 AM) |
Mas mesmo com a inconsistência nas leis para regulamentar as bicicletas
motorizadas, a venda desse tipo de veículo vem aumentando a cada dia,
como afirma o comerciante Antônio Luiz Fortunato, 61 anos. Ele, que
trabalha há 42 anos com bicicletas, diz que há dois começou a vender as
motorizadas. No início as vendas eram de uma unidade por mês, hoje esse
número saltou para sete.
O comerciante conta que até hoje só vendeu as bicicletas motorizadas
para homens, ele acha que a tendência é devida o design do produto.
“Acho que é algo feito mais para homens, mulheres normalmente utilizam
as bicicletas elétricas”, comenta.
As bicicletas motorizadas custam até R$ 1.300,00 e possuem 48
cilindradas e, para a segurança de quem está pilotando, é necessária a
utilização capacete. Para incentivar e conscientizar a clientela, o
Fortunato dá de brinde um capacete na hora da compra.