Em atendimento a convocação feita pela Câmara Municipal de Arapongas, através de requerimento, o gerente regional da Sanepar em Arapongas, Luís Alberto da Silva (Tuti), esteve participando da reunião ordinária na Sessão da última teça-feira (15), onde pôde responder a diversas questionamentos dos vereadores e prestar esclarecimentos pertinentes às atribuições da Sanepar, principalmente no que diz respeito à constante falta de água no município.
Todos os vereadores puderam fazer suas perguntas e, por cerca de uma hora e meia, o representante da estatal tentou esclarecer os questionamentos, confirmando que realmente existe deficiência no abastecimento de água em Arapongas, consumindo 20% mais que a capacidade produtiva.
Pagar só pela água
Se você desconfiar de que está pagando pelo consumo de ar em vez de água, reclame primeiro à concessionária.
Sobre a indagação do vereador Lita sobre o ar que fica na tubulação, que a população está pagando pelo consumo de ar em vez
de água, Luís Alberto diz que há equipamentos instalados na Rede - ventosas - com a finalidade de tirar o Ar da rede, mas que a funcionalidade 100% da 'Ventosa' não ocorre. Luís garantiu que, caso o consumidor suspeite que está
pagando por ar, ligue(115) ou vá até a Sanepar lavrando a reclamação. A empresa fará uma averiguação técnica do "fenômeno" e, se constatada a irregularidade, revisa o valor da conta.
Funciona assim...
Funciona assim...
A água
é bombeada sob pressão nas redes de abastecimento. Em determinadas
condições, principalmente quando a rede é desligada, podem surgir
bolsões de ar nas tubulações. Ao chegar ao hidrômetro, esses bolsões
fazem girar o contador. Isso acontece com mais freqüência em regiões
altas e nos imóveis próximos ao final da rede. Quando ocorre rodízio
no abastecimento, são essas as áreas que ficam sem água primeiro.
Ao ser normalizado o fornecimento, a água empurra o ar que fica
na tubulação para os pontos de saída da rede. Quando a caixa d'água
está cheia, o ar não se movimenta na tubulação, pois entra por ventosas
que ficam na parte mais alta da rede, chegando aos canos menores
com menos força e sem condições de ativar o hidrômetro.
Tanto a Sabesp, em São Paulo, como a Sanepar, no Paraná, admitem que o problema existe e pode ser resolvido com a instalação, em certos pontos da rede, de ventosas, uma espécie de válvula que extrai o ar dos canos. A Sanepar afirma que as redes das regiões altas já possuem essas ventosas, mas o problema continua ocorrendo quando há corte de água. Já a Sabesp afirmou que, na cidade de São Paulo, tem instalado as ventosas nas regiões onde o problema é mais freqüente.
Conforme o Consumidor S.A., você também pode se prevenir: nos dias em que houver corte de água, feche o registro geral da casa e só abra-o novamente vinte minutos depois que o abastecimento for normalizado. Assim, quando a água voltar à rede, não irá empurrar o ar para a sua casa. Com isso, sua conta no final do mês poderá registrar uma redução no consumo e você verá confirmada, ou não, sua suspeita.
O Idec recomenda ao consumidor que não instale o eliminador sem consultar primeiro a concessionária. Segundo a Sanepar, esse aparelho não é adequado para locais sujeitos a inundações ou problemas na pressão da água. Se for mal instalado, ele pode acabar ajudando a contaminar a água.
Nas cidades que já obrigam a instalação do eliminador de ar, há um novo problema: a maioria das leis municipais que trazem essa determinação jogam o custo para o consumidor, como se este fosse o responsável pelos erros do hidrômetro, uma imposição que infringe o Código de Defesa do Consumidor.
Distribuição
O gerente afirma ainda que a empresa está empenhada em resolver o problema em relação à distribuição de água em Arapongas com a realização de investimentos conclusivos. “Dois poços estão sendo perfurados e deverão ser colocados em operação no inicio de 2014. Com eles, ampliaremos consideravelmente o abastecimento na cidade”, disse cobrando da população, conforme prevê legislação, disponibilidade nas residências de caixa reservatória com capacidade de 500 litros de água, ressaltando que a Sanepar pode deixar, no máximo, 8 horas os 'consumidores' sem abastecimentos por qualquer motivo.
Tanto a Sabesp, em São Paulo, como a Sanepar, no Paraná, admitem que o problema existe e pode ser resolvido com a instalação, em certos pontos da rede, de ventosas, uma espécie de válvula que extrai o ar dos canos. A Sanepar afirma que as redes das regiões altas já possuem essas ventosas, mas o problema continua ocorrendo quando há corte de água. Já a Sabesp afirmou que, na cidade de São Paulo, tem instalado as ventosas nas regiões onde o problema é mais freqüente.
Conforme o Consumidor S.A., você também pode se prevenir: nos dias em que houver corte de água, feche o registro geral da casa e só abra-o novamente vinte minutos depois que o abastecimento for normalizado. Assim, quando a água voltar à rede, não irá empurrar o ar para a sua casa. Com isso, sua conta no final do mês poderá registrar uma redução no consumo e você verá confirmada, ou não, sua suspeita.
O Idec recomenda ao consumidor que não instale o eliminador sem consultar primeiro a concessionária. Segundo a Sanepar, esse aparelho não é adequado para locais sujeitos a inundações ou problemas na pressão da água. Se for mal instalado, ele pode acabar ajudando a contaminar a água.
Nas cidades que já obrigam a instalação do eliminador de ar, há um novo problema: a maioria das leis municipais que trazem essa determinação jogam o custo para o consumidor, como se este fosse o responsável pelos erros do hidrômetro, uma imposição que infringe o Código de Defesa do Consumidor.
O gerente afirma ainda que a empresa está empenhada em resolver o problema em relação à distribuição de água em Arapongas com a realização de investimentos conclusivos. “Dois poços estão sendo perfurados e deverão ser colocados em operação no inicio de 2014. Com eles, ampliaremos consideravelmente o abastecimento na cidade”, disse cobrando da população, conforme prevê legislação, disponibilidade nas residências de caixa reservatória com capacidade de 500 litros de água, ressaltando que a Sanepar pode deixar, no máximo, 8 horas os 'consumidores' sem abastecimentos por qualquer motivo.
Hoje, a captação é feita do Ribeirão dos Apertados – insuficiente para a demanda local, segundo Tuti. “Apesar de Arapongas ser uma cidade com inúmeras nascentes (142), o Ribeirão dos Apertados é o único a abastecer o município. As nascentes são tributários de outros rios que vão abastecer outras cidades”, informou, acrescentando que a intenção para um futuro breve é captar água do Ribeirão 3 Bocas, próximo a Rolândia, o que será suficiente para mandar água em boa quantidade o município vizinho e também para Arapongas. Em relação a uma solução definitiva para o presente e para o futuro, o gerente da Sanepar disse que somente captando água do Rio Tibagi, “o que deve acontecer dentro de aproximadamente 10 anos”, diz, alegando que em muitas obras deverão ocorrer todo processo licitatório novamente, pois, muitas empresas desistiram de obras da Sanepar, citando um poço próximo ao pedágio onde não houve interessados. Outros casos de atraso de obras está no fato de haver apenas um fornecedor a nível nacional para determinado material utilizado nas obras, exemplificando o ferro fundindo, onde a empresa Barbará é a única fornecedora do produto.
De acordo com o gerente, o governo estadual investiu em Arapongas "R$ 29 milhões" e que para 2014 está previsto 7 mil ligações de água.
Sobre constantes reclamações relativo às calçadas e ruas, após as obras das redes de esgoto, Tuti diz que são empreiteiras que prestam serviços e a Sanepar fiscaliza após denúncia dos moradores e caso seja confirmado positivas as reclamações, a terceirizada fica impedida em participar de qualquer licitação para obras futuras pela Sanepar.
Finalizando a reunião, a presidente da Câmara Municipal, Margareth Giocondo, agradeceu em nome dos vereadores a disponibilidade do gerente regional da Sanepar em atender a convocação.
No ano passado foram implantados 92 quilômetros de rede coletora de esgoto, beneficiando 5.500 famílias. A obra, que incluiu também a construção de quatro estações elevatórias de esgoto, recebeu investimentos de R$ 15,8 milhões.
Ainda neste semestre, entrará em operação o novo reservatório de água, com capacidade de 4 milhões de litros, que irá fortalecer o abastecimento da cidade como um todo. Com recursos da ordem de R$ 7,8 milhões, foram feitas também obras de melhorias na rede distribuição.
Em 2014, a produção de água será ampliada em 16%, com investimento total de R$ 3,6 milhões. A captação principal, no Ribeirão Apertados, produz cerca de 20 milhões de litros diariamente. O poço dos Palmares, que entrou em operação em dezembro passado, tem produção diária de 800 mil litros de água. Com o término da obra, a população de Arapongas terá à disposição, diariamente, 24 milhões de litros de água.
Sanepar: rede de água em Arapongas
Em 26/02/2013
OBRAS - Entre 2012 e 2014, o cronograma de entrega de obras da Sanepar em Arapongas contará com recursos de cerca de R$ 28 milhões, destinados à ampliação da produção e distribuição de água e da rede de coleta e de tratamento de esgoto.No ano passado foram implantados 92 quilômetros de rede coletora de esgoto, beneficiando 5.500 famílias. A obra, que incluiu também a construção de quatro estações elevatórias de esgoto, recebeu investimentos de R$ 15,8 milhões.
Ainda neste semestre, entrará em operação o novo reservatório de água, com capacidade de 4 milhões de litros, que irá fortalecer o abastecimento da cidade como um todo. Com recursos da ordem de R$ 7,8 milhões, foram feitas também obras de melhorias na rede distribuição.
Em 2014, a produção de água será ampliada em 16%, com investimento total de R$ 3,6 milhões. A captação principal, no Ribeirão Apertados, produz cerca de 20 milhões de litros diariamente. O poço dos Palmares, que entrou em operação em dezembro passado, tem produção diária de 800 mil litros de água. Com o término da obra, a população de Arapongas terá à disposição, diariamente, 24 milhões de litros de água.