Farmácia Central de Arapongas distribui medicamentos do Rename .
O fotógrafo Ghabiru Sperandio é um dos pacientes prejudicado pela falta de medicamentos na Farmácia Central. Esta semana ele precisou de três remédios, no entanto, dois deles não foram encontrados na rede.
“Não encontrei o Ibuprofeno (um anti-inflamatório) e nem o Diprospan (anti-inflamatório). O primeiro eu acabei encontrando alguns dias depois, mas o Diprospan, que é uma injeção, eu tive que comprar”, reclama.
O farmacêutico responsável pelo município, João Bosco Bonin, explicou que muitos municípios do Estado são consorciados ao “Paraná Saúde”, programa onde os medicamentos são adquiridos a preço menor. Arapongas é um deles. Neste programa são investidas verbas dos municípios e do governo do Estado e, a partir daí, a programação de compra dos medicamentos é feita por cada município integrante. Tanto municípios quanto governo, bancam os recursos para grandes compras dos remédios junto aos laboratórios como forma de baratear custos.
“A informação que nós temos é que desde agostos para cá o Governo Estadual não tem depositado seus recursos continuamente. Às vezes atrasa, às vezes não deposita. Com isso, as programações de compra dos municípios acabam atrasando e faltam remédios no estoque”, explica Bonin.
Segundo ele, para que o município consiga comprar os medicamentos que estão em falta fora do consórcio, é necessário abrir um processo licitatório independente. Isso, de acordo com Bonin, não é interessante para o município. “Uma licitação leva cerca de 60 dias para ficar pronta, até lá, o Governo do Estado pode acabar fazendo o repasse e a cidade voltar a receber os medicamentos. O consórcio nos informou que até o dia 7 de abril, teremos novidades em relação a esta questão. Vamos aguardar”. O município repassa cerca de R$ 400 mil por ano para o consórcio, segundo ele.
A Secretaria de Saúde do Governo do Estado, através de assessoria de imprensa, confirmou um débito de R$ 4 milhões do governo a fornecedores. No entanto, este valor foi quitado e o consórcio “Paraná Saúde” já fez o empenho ao laboratório para que os medicamentos voltem a ser distribuídos. A assessoria informou que, com isso, nos próximos dias os municípios voltarão a receber os remédios que estão em falta normalmente.
De acordo com o secretário municipal de saúde, Alcides Livrari Junior, o Estado já repassou o dinheiro para o Consórcio Paraná e os medicamentos em falta devem chegar no dia 7 de Abril. "Recebemos um comunicado do Consórcio Paraná Saúde que dentro de 10 dias no máximo, essa entrega será normalizada", diz Alcides, registrando que os atrasos de repasses de recursos do Governo do Paraná, vem atrapalhando os municípios consorciados no Consórcio Paraná Saúde - Paraná Medicamentos desde meados do ano passado (2013).
Blog, em 28/03/2014, com Tribuna do Norte e RPCTV