A queda de um avião em Santos, na manhã desta quarta-feira (13), levou à morte sete pessoas. Entre elas estava o candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.
Veja abaixo a lista das vítimas do acidente:
Marcos Martins
Ele era muito responsável', diz sogra sobre piloto morto em queda de jato Marcos
Martins pilotava avião que levava Eduardo Campos a São Paulo. Outras seis pessoas morreram após aeronave cair sobre casas. “Ele era tranquilo, muito responsável”, descreve Lourdes Vargas, sogra de Marcos Martins, um dos pilotos que morreu no acidente aéreo que aconteceu em Santos, litoral de São Paulo, e matou outras seis pessoas, entre elas o candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos.
A aeronave caiu sobre casas na manhã desta quarta-feira (13). O piloto, conforme a sogra, que vive em Dracena, interior de São Paulo, tinha 42 anos e exercia a profissão há aproximadamente 15 anos. Ele era natural de Castelo Branco (PR) e vivia na capital paulista, em Moema, com a esposa, Flávia Vargas Martins, de 32 anos, e dois filhos, um de 7 anos e outro de 2. “Eles estavam juntos há 16 anos, mas haviam casado há cerca de dez anos”, diz a sogra, que segue para São Paulo para dar apoio à filha.
(Foto: Sabrina Meira/Arq; pessoal ) |
Fotógrafo Nasceu no Recife, em 1978. Começou a fotografar em 2002.
Formou-se na Universidade Católica de Pernambuco em 2011 e concluiu o curso de pós-graduação em fotografia na FAAP em 2014.
Foi fotógrafo no Jornal do Commercio entre 2005 e 2011. Morava em São Paulo.
Carlos Percol, assessor de imprensa de Campos, morreu na queda de avião (Foto: Reprodução / TV Globo) |
Assessor Conhecido como Percol, o jornalista de 36 anos era assessor de imprensa.
Durante o governo de Eduardo Campos em Pernambuco, foi gerente de Relações com a Imprensa, assessorando diretamente o governador.
Em 2012, coordenou a comunicação da campanha de Geraldo Julio, que se elegeu prefeito de Recife, e foi nomeado secretário de imprensa da gestão.
Pedrinho morreu em acidente áreo (Foto: Reprodução/TV Sergipe) |
Conhecido como Pedrinho Valadares, de 48 anos, morreu nesta quarta-feira (13) no acidente aéreo que também vitimou o candidato à Presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB).
Pedrinho fazia parte da comissão que acompanhava o presidenciável e deixa dois filhos e a esposa Simone Valadares, promotora de Justiça do Maranhão.
No total, sete pessoas morreram no acidente, entre elas o fotógrafo Alexandre da Silva, o assessor Carlos Augusto Leal Filho (Percol), os pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins, o cinegrafista Marcelo Lira.
Valadares Neto, filiado ao PV, foi deputado federal por Sergipe quatro vezes, além de ser advogado. Ele também desempenhou as funções de assessor parlamentar, consultor técnico-administrativo do Governo de Sergipe, secretário-geral da Prefeitura de Simão Dias e secretário de Turismo do Estado do Sergipe.
Mandatos
Deputado Federal (PFL), 1991-1995;
Deputado Federal (PP), 1995-1999;
Deputado Federal (PSB), 1999-2003;
Deputado Federal (PFL), 2008-2008 e 2010-2011.
Suplências e efetivações
Assumiu, como Suplente, o mandato de Deputado Federal, na Legislatura 1995-1999, em 19 de julho de 1995, sendo efetivado em 7 de janeiro de 1997, em virtude da renúncia do Deputado Jerônimo Reis, que assumiu a Prefeitura de Lagarto, SE.
Assumiu, como Suplente, o mandato de Deputado Federal, na Legislatura 2007-2011, de 15 de julho de 2008 a 6 de dezembro de 2008, em virtude do afastamento do Deputado Jerônimo Reis, sendo efetivado em 5 de agosto de 2010, em virtude da Perda de Mandato do Dep. Jerônimo Reis (decisão do TJSE, em 4 de agosto de 2010).
Geraldo Magela Barbosa da Cunha, piloto
Tinha 45 anos e há mais de 20 anos era piloto de aeronaves. Segundo a família, ele já tinha acumulado mais de 4.000 horas de voo.
Desde junho deste ano, trabalhava dedicado à campanha de Eduardo Campos à Presidência. A mulher de Geraldo, Joseline Amaral da Cunha, está grávida de sete meses e se encontra nos Estados Unidos, fazendo compras para o bebê. O casal ainda tem um filho de três anos.
Marcelo de Oliveira Lyra era cinegrafista (Foto: Reprodução/Instagram) |
cinegrafista
Veja a trajetória de Eduardo Campos, filho e neto de políticos
Candidato à Presidência morreu nesta quarta-feira em acidente de avião.
De família tradicional na política em Pernambuco, o ex-governador Eduardo Campos, 49 anos, nasceu no Recife em 10 de agosto de 1965. Ele era casado e pai de cinco filhos. Filho do poeta Maximiliano Arraes e da ex-deputada federal e ministra do Tribunal de Contas da União Ana Arraes, Campos se formou em economia na Universidade Federal de Pernambuco, onde atuou como presidente do Diretório Acadêmico da Faculdade.
O contato com a política começou cedo, em 1986, quando trabalhou ativamente na campanha que elegeu seu avô, Miguel Arraes, ao governo de Pernambuco. Na época, Campos tinha apenas 21 anos. Quatro anos depois, em 1990, ele se filiou ao PSB.
Eduardo Campos posa para foto em 2005, quando era ministro da Ciência e Tecnologia do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: (Foto: Joedson Alves/ Estadão Conteúdo/Arquivo)) |
Em janeiro de 2004, foi nomeado por Lula ministro de Ciência e Tecnologia, onde trabalhou pela aprovação da lei que autoriza pesquisas com células-tronco embrionárias. Em 2006, Eduardo Campos foi eleito governador de Pernambuco em primeiro turno, com mais de 60% dos votos válidos e foi reeleito, em 2010, com 83% dos votos válidos.
A gestão à frente do estado foi marcada pelos esforços em modernizar industrialmente a região. Durante a maior parte dos dois mandatos, Campos apoiou os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Em 2013, ele passou a reforçar críticas ao governo de Dilma, especialmente com relação à gestão da economia e à aliança com o PMDB. Em 18 de setembro do ano passado, o PSB entregou os cargos no governo federal, inclusive o comando do Ministério da Integração, e passou a se posicionar de forma independente nas votações. A decisão de se afastar do governo e lançar candidatura própria motivou a saída do partido e filiação ao PROS do governador do Ceará, Cid Gomes, e do irmão dele, Ciro Gomes.
Em outubro, Eduardo Campos se aliou à ex-senadora Marina Silva na disputa presidencial, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitar o registro da Rede Sustentabilidade, partido que ela tentava criar para concorrer às eleições. Em 4 de abril deste ano, Eduardo Campos renunciou ao governo de Pernambuco para se dedicar à campanha para a Presidência da República.
Em 28 de junho, em aliança com outros cinco partidos, o PSB oficializou a candidatura de Campos à Presidência e de Marina Silva à vice-presidência. Na campanha, Campos e Marina apresentaram uma série de propostas, como escola em tempo integral, passe livre para estudantes de escola pública e disseram ser possível reduzir a inflação para 3% até 2018.
Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Globo e divulgada na última quinta-feira (7), apontava Campos em terceiro lugar na disputa, com 9% das intenções de voto.
Blog em 13/08/2014
Com G1