Brasil assina Convenção Interamericana de Direitos dos Idosos
Olhar Digital publicado 28/06/2015
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| Reprodução internet |
Talvez a principal vantagem em comprar em comércios eletrônicos fora do Brasil é a possibilidade de pagar mais baratos do que por aqui e encontrar produtos que ainda não estão à venda no país. Por outro lado, é importante lembrar que você não consegue parcelar uma compra internacional – o débito provavelmente virá na sua fatura do cartão de crédito para pagamento à vista.
O tempo de entrega de um pedido internacional varia muito – depende do país de onde vem a remessa, do serviço utilizado e do modelo de negócio do e-commerce. Esse período entre a compra e o recebimento do produto pode variar de uma semana podendo chegar a dois meses de espera. Claro, um envio mais rápido significa frete mais caro também. Se você já pesquisou algum produto na internet, provavelmente já deve ter se deparado com um site chinês – muitos deles oferecem frete grátis, mas demoram até 90 dias para entregar o produto. As remessas vêm para o Brasil de navio; essas empresas asiáticas compram contâiners inteiros e esperam as compras de um determinado país lotarem todo aquele espaço; só então o contâiner é liberado para viajar – é por isso que demora.
Outro cálculo que você precisa ter em mente são as taxas de importação. Tudo que chega importado no Brasil passa por um raio-x para uma primeira triagem e, em seguida, é submetido a uma verificação manual dos Correios e da Receita Federal. Compras de até três mil dólares têm classificação fiscal única com alíquota de 60%. Detalhe: a base de cálculo do valor de importação é o valor aduaneiro e não somente o valor pago pelo produto.
Livros, jornais e periódicos, em papel, não sofrem incidência de tributos. Além desses produtos, presentes e bens recebidos até 50 dólares também estão liberados dos impostos. Mas não se engane, se o valor ultrapassar os 50 dólares, o produto é tributado pelo preço total – não somente o que ultrapassar esse limite. Também não tente enganar a Receita; os fiscais vão avaliar se a remessa realmente não ultrapassa os 50 dólares (mesmo se este for o valor declarado na importação)...
E mais: compras são sempre tributadas. Aquela artimanha de pedir para o vendedor enviar o produto como “gift” (presente) não funciona. Qualquer compra em sites como o eBay, por exemplo, mesmo que seja de pessoa física, é tributada com os mesmos 60%.
Bom, com tudo isso em mente, contas feitas e tudo mais, você precisa confiar no estabelecimento que pretende comprar. As mesmas regras de segurança já utilizadas em sites nacionais, vale também para os internacionais. Pesquisa sobre a reputação daquele e-commerce, não deixe de ter certeza do valor do frete para não se surpreender no final, confira se o site é seguro – se ele traz aquele cadeado que o identifica como seguro no navegador.
Ah, tome cuidado também com preços muito abaixo do normal. Não existe mágica; um Rolex nunca vai custar 100 dólares, nem uma bolsa Louis Vitton 50 dólares. O Brasil não aceita a importação de produtos falsificados; e para ter certeza da originalidade, a Receita Federal pede para que a marca representando do produto dê o veredito final antes de tomar uma decisão.
Por último, em compras internacionais o Procon não pode fazer muita coisa. Como a rede é mundial, e-commerces hospedados fora do Brasil seguem as normas de seus países de origem. Se você tiver qualquer problema com uma compra internacional, tudo terá que ser resolvido diretamente com o fornecedor ou a loja que o produto foi adquirido.
Mesmo com todos esses cuidados, sim, muitas vezes ainda vale a pena comprar online fora do Brasil. Pesquise, se informe e faça a escolha certa...só não caia mais em roubada!
