Trata-se de casas rústicas abandonadas pelos seus proprietários, na década de 1920, numa onda de emigração. São cerca de 20 habitações disponíveis em troca de uma moeda e de compradores dispostos a morar na região e a contribuir assim para o aumento da demografia, em declínio desde o século passado.
Esta oferta "irrecusável" inclui casas de agricultores recheadas de relíquias, desde azulejaria do século XVIII a antigos fornos a lenha, avança a AFP.
Às propriedades colocadas à venda por um euro, acrescem outras 300 cujo valor se situa entre cinco mil e 15 mil euros e a única condição imposta aos compradores é um depósito de cinco mil euros que garante ao município que irão renovar a casa nos três anos seguintes à compra da propriedade. Caso sejam renovadas, o dinheiro é devolvido.
Muitos são já os compradores interessados, oriundos da Suécia, Grã-Bretanha, Dubai e Estados Unidos que têm em mente transformar as pequenas casas e os celeiros em casas de férias para o Verão. Dominic Allen, australiano de 33 anos, é um desses potenciais novos moradores, "Pelo preço desta casa tu não conseguias sequer pagar o estacionamento na Austrália", disse à agência de notícias francesa. "Se gostas do estilo de vida italiano, se queres uma pequena aventura, então esta parece ser a escolha certa", acrescentou Dominic que procura um lugar para poder passar tempo entre amigos ou até alugar a turistas.
A população envelhecida de Gangi está encantada com o facto de famílias italianas ou turistas estrangeiros estarem a encher as ruas. "Houve uma altura em que podias passear à noite no centro da vila sem ver ninguém. Era triste (...) A iniciativa é boa porque ajuda a população, trazendo vida, esperemos que não só durante o verão", disse Piazza Cataldo, uma residente de 83 anos.
Blog em 19/08/2014
Com Diário de Notícias